Leandro Quadros

10 Razões Para Crer Na Mortalidade da Alma

Olá! Compartilho com vocês argumentos BÍBLICOS resumidos pelo amigo Lucas Banzoli:

1º Porque o homem é uma alma, e não possui uma.
Gênesis 2:7 nos deixa claro que Deus formou o homem do pó da terra (corpo), soprou nele o fôlego da vida (espírito) e, como resultado disso, o ser humano tornou-se uma alma vivente, e não “obteve” uma. Que o “fôlego da vida” não é uma “alma imortal” implantada no ser humano, isso fica claro pelo fato de que exatamente a mesma palavra, no original hebraico ruach, que é traduzida por “espírito”, é usada tanto em relação aos seres humanos quanto a animais (Gênesis 7:15; Gênesis 7:21,22; Eclesiastes 3:19,20; Gênesis 6:17; Salmos 104:29). A Bíblia não faz sequer a menor distinção entre eles. O espírito “de toda a carne” entrou na arca de Noé, e não foram apenas seres humanos que lá entraram (Gênesis 7:15).

2º Porque há várias citações bíblicas da morte da alma.
Deus nos diz em Ezequiel 18:4 que “a alma que pecar, essa morrerá” (vs. 4, 20). Da mesma forma, Pedro nos diz que “toda alma que não ouvir a esse profeta será exterminada do meio do povo” (Atos 3:23). Balaão pediu que a sua alma morresse a morte dos justos (Números 23:10), Deus diz que a alma que profanar o sábado seria eliminada (Êxodo 31:14), e Josué, ao conquistar Jericó, “exterminou toda a alma [nephesh] que nela vivia” (Josué 10:28), e “matou a espada todas as almas [nephesh]” (Josué 10:30).

No original hebraico e grego, a alma morre (Ezequiel 18:4), perece (Mateus 10:28), é destruída (Ezequiel 22:27), não é poupada da morte (Salmos 78:50), é completamente eliminada (Êxodo 31:14), desce à cova na morte (Jó 33:22), revive na ressurreição [porque estava morta antes disso] (Apocalipse 20:4), é totalmente destruída (Josué 10:28), é derramada na morte (Isaías 53:12), é penetrada pelo fio da espada (Jeremias 4:10), é passível de sofrer decomposição [na sepultura] (Salmos 49:8,9), “repousa” na morte (Salmos 25:13), é sufocada (Jó 31:39,40), é devorada (Ezequiel 22:25), pode ser assassinada (Números 35:11) e exterminada (Atos 3:23). Então não, a alma NÃO é imortal!

3º Porque a Bíblia diz que a alma desce à cova na morte.
Eliú diz no livro de Jó: “Para apartar o homem do seu designo e livrá-lo da soberba; para livrar a sua alma da cova, e a sua vida da espada”(Jó 33:18). Como vemos, o lugar para onde a alma regressaria seria à cova (sepultura), e não para uma outra dimensão! Também continuamos lendo no mesmo capítulo: “Sua alma aproxima-se da cova, e sua vida, dos mensageiros da morte” (Jó 33:22). Novamente é relatado o fato bíblico de que o lugar para onde a alma se aproxima não é para o Céu, ou para um lugar intermediário ou para o inferno, mas para a cova. E novamente continuamos lendo:

“Ele resgatou a minha alma, impedindo-a de descer para a cova, e viverei para desfrutar a luz” (Jó 33:28). A clareza da linguagem é tão evidente que não necessita de maiores elucidações. O lugar para onde a alma iria era para a cova, não era o destino apenas do corpo! Condiz com isso a linguagem do salmista, de que, “se o Senhor não fosse em meu auxílio, já a minha alma habitaria no lugar do silêncio” (Salmos 94:17), e não de louvores e regozijos no Céu ou de gritarias e berros no inferno.

O rei Ezequias, que ganhou mais 15 anos de vida, sabia que, caso morresse, a sua alma iria para a “cova da corrupção”: “Foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados” (Isaías 38:17).

 

Por fim, o salmista afirma que a alma sofre decomposição, ao mencionar que “o resgate da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre, para que viva para sempre e não sofra decomposição” (Salmos 49:8,9). Ou seja, se a alma não fosse “resgatada” [na ressurreição], ela sofreria decomposição eterna [na cova]. Portanto, a realidade da morte, sepultamento, decomposição e ressurreição não é um processo somente do corpo, mas também da alma, pois o corpo é a alma visível. Nós NÃO temos uma alma vivente. NÓS SOMOS UMA ALMA VIVENTE!

4º Porque Deus é o único que possui a imortalidade.
Paulo deixou muito claro que Deus é “o único que possui a imortalidade” (1Timóteo 6:16). Se os seres humanos fossem detentores de uma alma imortal, então eles também possuiriam a imortalidade em seu ser. Entretanto, se Deus é o único que possui a imortalidade, então o homem não a possui, supostamente na forma de uma “alma imortal” que teria sido implantada na natureza humana. Uma análise mais cuidadosa do texto bíblico nos mostra que Deus não apenas é o único que é imortal, mas também é o único que possui a imortalidade [possuir – echôn, no grego de 1Timóteo 6.16].

5º Porque biblicamente a esperança do cristão não é a imortalidade da alma, mas a ressurreição dos mortos.
Paulo declarou no Sinédrio que a sua esperança consistia em ressuscitar dentre os mortos (Atos 23:6; 24:15; 26:6-8), e não de sua alma partir para o Céu imediatamente após a morte. Biblicamente, o processo de morte iniciado em Adão é revertido, não quando uma alma deixa o corpo e parte em direção ao Céu, mas quando seremos vivificados na segunda vinda de Cristo, através da ressurreição (1Coríntios 15:22,23), que ocorrerá no “último dia” (João 6:54; 11:24; 6:44). Como bem disse o professor Gilson Medeiros:

“Por que elas [as almas] precisam deixar o Céu, voltar para o corpo sepultado, ressuscitar e novamente retornar para o Céu? Será que é por causa deste dilema doutrinário, impossível de ser resolvido, que não se vê muita pregação sobre a ressurreição nas igrejas cristãs que creem no estado consciente dos mortos? Pergunte ao seu pastor pentecostal por que ele não prega sobre a ressurreição!” [1]

6º Porque, para os mortos, não existe vida antes da ressurreição.
Paulo deixou isso claro quando afirmou que, se não há ressurreição dos mortos, então os que dormiram em Cristo já pereceram (1Coríntios 15:18), e que a nossa esperança em Cristo se limitaria somente a esta presente vida (1Coríntios 15:19). Declarou também que, se não há ressurreição, então os que batizam pelos mortos na esperança de uma vida posterior os batizam em vão (1Coríntios 15:29), que os cristãos estariam sofrendo perigos à toa (1Coríntios 15:30), e que seria melhor comer, beber e depois morrer, pois não haveria nada depois da morte (1Coríntios 15:32). Nada disso seria verdade caso a alma fosse imortal e houvesse consciência após a morte no Céu, pois lá estaríamos felizes do mesmo jeito, com ou sem a ressurreição de meros corpos!

7º Porque só seremos revestidos de imortalidade APÓS a ressurreição.
Paulo, no mesmo capítulo 15 de 1ª Coríntios, afirmou que é necessário que “aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (vs. 53-54). Vemos, portanto, que nós não somos atualmente detentores de imortalidade na nossa natureza, mas seremos dotados dela futuramente, na ressurreição dos mortos, e somente então que a morte será tragada (vencida), e não imediatamente após a morte, com uma suposta saída da alma vencendo a morte e obtendo a vida eterna antes da ressurreição.

8º Porque a recompensa só ocorrerá na ressurreição.
O Concílio de Trento declarou que nós “somos julgados imediatamente e recebemos a nossa recompensa, para bem ou mal” (Denzinger # 983). Porém, a verdade bíblica é que só seremos recompensados com a Vida Eterna por ocasião da ressurreição. Isso fica claro quando o próprio Cristo diz que “a sua recompensa virá na ressurreição dos justos” (Lucas 14:14), e não “imediatamente após a morte”. Além disso, a promessa feita a Daniel foi que ele “descansará, e então, no final dos dias, se levantará para receber a herança que lhe cabe” (Daniel 12:13).

Portanto, é somente no fim dos dias que Daniel se levantaria dentre os mortos, e somente então ele receberia a sua herança, a Vida Eterna. Não era uma promessa imediata, de algo que ocorreria imediatamente após a morte, mas algo longe, distante, para o fim dos tempos. Ademais, vemos a mesma coisa sendo dita por Paulo: que receberia a sua “coroa da justiça” somente por ocasião da segunda vinda de Cristo, na ressurreição dos mortos (2Timóteo 4:8), e não antes da ressurreição!

9º Porque a Bíblia nos oferece uma ampla linguagem de aniquilação final.
A Bíblia nos diz que os ímpios serão eliminados (cf. Provérbios 2:22; Salmos 37:9; Salmos 37:22; Salmos 104:35; Isaías 29:18-20), destruídos (cf. 2Pedro 2:3; 2Pedro 2:12,13; Tiago 4:12; Mateus 10:28; 2Pedro 3:7; Deuteronômio 7:10; Filipenses 1:28; Romanos 9:22; Salmos 145:20; Gálatas 6:8; 1Coríntios 3:16,17; 1Tessalonicenses 5:3; 2Pedro 2:1; Salmos 145:20; Salmos 94:23; Provérbios 1:29; 1Tessalonicenses 5:3; Jó 4:9; Salmos 1:4-6; Salmos 73:17-20; Salmos 92:6,7; Salmos 94:23; Provérbios 24:21,22; Isaías 1:28; Isaías 16:4,5; Isaías 33:1; Lucas 9:25; Gálatas 6:8; 1Tessalonicenses 1:8,9), arrancados (cf. Provérbios 2:22), mortos (cf. João 8:24; Joaõ 11:28; João 6:47-51; Isaías 65:15; Romanos 6:23; Isaías 11:4; Provérbios 11:19; Salmos 34:21; Romanos 8:13; Salmos 62:3; Provérbios 15:10; Tiago 1:15; Romanos 8:13; Provérbios 19:16; Isaías 66:16; Jeremias 12:3; Romanos 1:32; Ezequiel 18:21; Ezequiel 18:23,24; Ezequiel 18:16,28; 2Coríntios 7:10; Romanos 6:16; 2Coríntios 3:6; Hebreus 6:1), exterminados (cf. Salmos 37:9; Marcos 12:5-9; Atos 3:23), executados (cf. Lucas 19:14,27), serão devorados (cf. Apocalipse 20:9; Jó 20:26-29; Isaías 29:5,6; Salmos 21:9), se farão em cinzas (cf. 2Pedro 2:6; Isaías 5:23,24; Malaquias 4:3), não terão futuro (cf. Salmos 37:38; Provérbios 24:20), perderão a vida (cf. Lucas 9:24), serão consumidos (cf. Sofonias 1:18; Lucas 17:27-29; Isaías 47:14; Salmos 21:9; Jó 20:26-29; Apocalipse 20:9; Isaías 26:11; Naum 1:10; Sl.21:9; Lc.17:27-29), perecerão (cf. Jo.10:28; Jo.3:16; Sl.37:20; Jó 4:9; Isaías 66:17; Salmos 37:20; Salmos 68:2; Salmos 73:27; Atos 13:40,41; Isaías 1:28; Isaías 41:11,12; 1Coríntios 1:18; Romanos 2:12; 2Coríntios 4:3; 2Coríntios 2:15,16; Lucas 13:2,3; Lucas 13:4,5; 2Tessalonicenses 2:10), serão despedaçados (cf. Lucas 20:17,18; Mateus 21:44; 1Samuel 2:10), virarão estrado para os pés dos justos (cf. Atos 2:34,35), desvanecerão como fumaça (cf. Salmos 37:20; Salmos 68:2; Isaías 5:24), terão um fim repentino (cf. Sofonias 1:18; Provérbios 24:21,22; Isaías 29:5,6; 1Tessalonicenses 5:3; Isaías 29:18-20; 2Pedro 2:1), serão como a palha que o vento leva (cf. Salmos 1:4-6; Isaías 5:24; Isaías 29:5,6), serão como a palha para ser pisada pelos que vencerem (cf. Malaquias 1:1,3; Mateus 5:13; Hebreus 10:12,13), serão reduzidos ao pó (cf. Salmos 9:17; Isaías 5:24; Isaías 29:5,6; Lucas 20:17,18; Mateus 21:44; 2Pedro 2:6), desaparecerão (cf. Salmos 73:17-20; Isaías 16:4,5; Isaías 29:18-20), deixarão de existir (cf. Salmos 104:35), serão apagados (cf. Provérbios 24:20), serão reduzidos a nada (cf. Isaías 41:11,12; 1Coríntios 2:6), serão como se nunca tivessem existido (cf. Obadias 1:16), serão evaporados (cf. Oséias 13:3), será lhes tirada a vida (cf. Provérbios 22:23; João 12:25), e não mais existirão (cf. Salmos 104:35; Provérbios 10:25). Portanto, NÃO serão atormentados eternamente!

10º Porque um tormento eterno e consciente é contra a moral divina.
Alegar que Deus mandaria queimar literalmente entre as chamas de um lago de fogo e enxofre durante toda a eternidade como um processo infindável alguém que pecou durante algumas décadas é inconsistente com a moral divina apresentada nas Escrituras. O princípio básico é o de que Deus é um “justo juiz” (2Timóteo 4:8). Se até um juiz ímpio não seria capaz de determinar um tormento infinito por pecados finitos, quanto menos Deus, que é o ápice da justiça. Se até alguém que odeia o próximo não seria capaz de atormentá-lo para sempre com fogo e enxofre, quanto menos Deus, que ama até o pior dos pecadores.

Se até alguém que não tem um mínimo de misericórdia não seria capaz de condenar um rapaz de 12 anos, por exemplo, a um lago que arde com fogo e enxofre durante blocos intermináveis de bilhões e bilhões de anos, quanto menos o autor da justiça que é descrito como sendo “cheio de compaixão e misericórdia” (Tiago 5:11), pois “a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tiago 2:13).

Fonte:
BANZOLI, Lucas. “A Lenda da Imortalidade da Alma”

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4 respostas

  1. Professor Leandro, tenho acompanhado os teus estudos, percebo que você tem uma forma muito atraente de expor o conhecimento conforme mencionado nas escrituras.Você não deixa dúvidas nem pontos interrogação!Conforme está no livro de Isaías 28.10 meus parabéns, que DEUS continue te usando para honra e glória de JESUS!

  2. Prof. Leandro Quadros

    Boa tarde

    Mais uma vez parábens pelo seu conhecimento, educação e respeito nos debates.

    Eclesiastes 12:7 é muito usado pelos mortalistas para validar tal crença, porém uma análise mais profunda da referida passagem nos leva a entender que na visão mortalista o fôlego de vida quando entra no corpo ( fôlego de vida+ corpo= alma vivente) , isso eu entendo que o fôlego de vida mortalista não apenas gera vida no ser humano mas dá consciência ao mesmo logo interage com o corpo e participa de forma ativa e ininterrupta dos pensamentos, raciocínios e ações mentais do ser humano e que se refletem no corpo em atos e então nas ações desse ser humano tem a participação sim do fôlego de vida mortalista logo é bastante plausível entender que o fôlego de vida mortalista assume consciência por ocasião de sua atividade dentro do corpo então se existe participação de tal fôlego gerando consciência e vivendo com essa consciência como poderia no momento da morte tal fôlego permanecer inconsciente? Então não tem sentido o fôlego de vida mortalista de um justo ter o mesmo destino do ímpio pois os dois fôlegos de vida na visão mortalista participaram das vidas tanto de um quanto de outro logo teriam que serem julgadas pelos seus atos e irem para destinos diferentes.

    Uma outra questão é que se na visão mortalista o fôlego age no corpo e mais especificamente no cérebro e isso geraria uma mente ou consciência ,ora se gera então teríamos 3 elementos dois espirituais e um material pois se o fôlego de vida permanece sempre inconsciente teríamos que ter algo que seja consciente no ser humano e esse algo seria a mente. Então chegaríamos a conclusão que essa mente só pode ser a alma imortal.

    Na parábola especial do rico e Lázaro somente a visão imortalista ofereçe a explicação satisfatória do que realmente significa o lugar de tormento em Lucas 16:23. Tal lugar é realmente o lugar de tormento em que as almas dos não salvos ainda vão, para no futuro serem lançadas no lago de fogo. Se a lição da referida parábola é que a salvação só pode ser alcançada durante a vida, isso sem dúvida contrasta com a morte e é justamente a partir dessa estruturação ou seja da vida após a morte que Jesus conduz a parábola.

    Um grande abraço

    Luiz

  3. Olá Prof. Leandro Quadros

    Bom dia

    Primeiramente parabéns pelo seu site e pelo seu conhecimento e educação nos debates o senhor é muito equilibrado em suas argumentações. Eu entendo que a imortalidade da alma e do inferno eterno é uma possibilidade sim. Um inferno eterno é terrível sim mas Deus pode ter criado sim pois a Bíblia possibilita tal interpretação, é triste mas é assim. Parabéns para os adventistas do sétimo dia por todos vocês terem unidade de pensamento nos assuntos da alma e do inferno.

    Agora vou colocar a possibilidade da visão imortalista infernista:

    Só existe ressurreição porque existe a alma imortal pois um fôlego de vida inconsciente ao se juntar a um corpo inconsciente não pode formar um ser consciente logo não pode haver ressurreição sem alma imortal. O corpo para ressuscitar glorificado prescisa de uma alma glorificada pois somente um fôlego de vida inconsciente não pode gerar um corpo glorificado e incorrupto.

    A imortalidade da alma não nega a ressurreição pois quando um corpo morre ele continua EXISTINDO como pó da terra e o fôlego de vida continua EXISTINDO em Deus logo a base para a ressurreição é a existência por isso te quem existir um elemento espiritual consciente que é a base da ressurreição.

    Em Mateus 25:41 a expressão “fogo eterno” é muito objetiva e lembrando o raciocínio do senhor Basil Aktison a palavra “fogo” não é um substantivo de ação e junto da palavra “eterno” nessa passagem não daria ideia de algo temporário mas constante e eterno.

    2 Timóteo 4:1 falaria do Juízo na ressurreição e nunca nega a imortalidade da alma pois sem alma imortal não há ressurreição em João.5:28-29 fala da entrada da alma que é a base e junto com o espírito no corpo para aí sim haver ressurreição.
    Pode-se descobrir uma interpretação bíblica estudando e participando de debates e talves assim possa se entender de forma mais clara e objetiva e isso as vezes é até bem mais eficaz do que orar a Deus ou mesmo assistindo no púlpito uma pregação. Os debates são muito importantes. Será que para entender a mensagem bíblica prescisamos realmente da Graça de Deus?

    Lucas 12:42-48 temos 4 situações, a primeira o servo que será salvo ( Céu ou Paraíso Terrestre) em Lucas 12:43-44 , o servo infiel que será condenado ( Geena) Lucas 12:45-46 e os que terá que purgar com “ muito açoites” em Lucas 12:47 e que terá que purgar com “poucos açoites” em Lucas 12:48. Então não só duas situações mas quatro.
    Em Atos 17:16 fala da alma imortal pois é usada a palavra “espírito” indicando a existência consciente da mesma pois o que gerou em Paulo aquele comportamento que se refletiu no corpo foi uma ação dele mesmo motivada pela base que é a alma imortal pois o corpo interage com a alma de forma complexa e um fôlego de vida inconsciente não geraria isso em Paulo pois o corpo sem a alma é inconsciente portanto precisa de um elemento espiritual consciente e em Atos 17: 32 é tratado sobre o tema da ressurreição que só existe pois existe a alma imortal.

    1º Corintios se fala da ressurreição ora só é possível um corpo ressuscitar glorificado e incorruptível por uma alma glorificada e incorruptível pois um fôlego de vida inconsciente não tem força suficiente para realizar tal ação. Simplesmente não há como o fôlego de vida mortalista inconsciente ao se juntar a um corpo inconsciente ressuscitar um ser com consciência. A alma já no céu estaria EM glória NA glória e a alma é a principal parte do ser humano mas não a totalidade, a totalidade da alma estaria EM estado de glória mas o corpo ainda não. O ideal de Deus é corpo, alma e espírito. A alma enquanto esteve no corpo pecou mas foi purificada e glorificada e foi para o céu ou até mesmo para o purgatório porém falta o corpo.

    Um inferno eterno seria também uma consequência eterna ou um resultado permanente para o não salvo existe sim tal possibilidade. Deus ser um ” fogo consumidor” pode ser interpretado que o ímpio será nada para Deus na geena eterna para Deus os ímpios serão como não existindo estarão mortos.

    Também entendo que só existe uma e somente uma verdade, ou a alma morre ou é imortal não dá para as duas serem verdadeiras o Cristianismo só aceita uma interpretação. De repente seria interessante um Concílio Protestante para definir esse assunto de uma vez por todas.

    Um aniquilamento absoluto pode indicar também uma “volta para Deus” pois Deus antes da criação criou as coisas do Nada e esse Nada “existia” porque só Deus existia ( existência absoluta eterna). Deus criou as coisas a partir do Nada ou seja Dele mesmo o Nada absoluto estaria em Deus.

    Para mim a Bíblia não é clara nesse assunto está no campo das possibilidades interpretativas . mas para os cristãos devem existir só uma verdade.

    Luiz

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Sobre o Autor
Prof. Leandro Quadros

Com mais de 20 anos de ensino sobre a Bíblia em igrejas, congressos e programas de TV e rádio, desenvolvi diversos conteúdos – e-books, audiolivros e cursos; para compartilhar os meus aprendizados e tornar acessíveis temas teológicos complexos.

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