Leandro Quadros

A Bíblia autoriza a pena de morte?

Não há dúvidas que sim. Dificilmente um erudito sério contestará que o texto bíblico é favor da pena capital para crimes hediondos. Quem questiona é porque interpreta a Bíblia não com critérios hermenêuticos válidos e autênticos, mas com sentimentos humanitários que não deveriam suplantar a autoridade do texto bíblico.

Deus autoriza as autoridades constituídas (não você e eu a fazermos “justiça” com as próprias mãos) a executarem o transgressor por seus crimes, como vemos no Antigo Testamento (Êx 21:12, 14; Lv 24:17; Nm 35:30-34; Dt 19:4-6, 10; Lv 24:17, etc.)

No Novo Testamento, Paulo não argumentou com base em sentimentos humanitários destituídos de lógica bíblica, como o fazem alguns defensores dos “Direitos Humanos”. Há quem diga que governos corruptos podem cometer injustiças e, por isso, a pena de morte não é recomendável. Em contrapartida, mesmo vivendo na era de dominação do cruel Império Romano, Paulo reconheceu a validade da pena de morte:

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência”. (Rm 13:1-5. Grifos acrescidos)

A espada não é mencionada em Romanos 13:1-5 para dar “palmadinhas no bumbum” de um criminoso, mas para cortar o pescoço, no mínimo.

Outro texto importante no qual o apóstolo Paulo reconheceu a validade da pena capital é o de Atos 25:11:

“Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer; se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César”.

O mandamento “não matarás” (Êx 20:13) foi dado a nível interpessoal, de modo que não contradiz a pena capital que Deus aplicou na sociedade daqueles dias. A melhor tradução para esse texto é “não cometerás homicídio”, ou seja: um ato criminoso. A Bíblia não considera a pena capital um “crime”, mas punição do crime.

“Mas poderão morrer inocentes!”

A questão que muitos discutem (entre outras coisas) é se, na atualidade, a pena de morte seria viável por causa dos erros humanos. Porém, isso é uma falácia. Muito mais pessoas inocentes deixariam de morrer se criminosos hediondos e estupradores em potencial fossem devidamente punidos segundo as Escrituras.

Se apenas os números devem ser considerados, por uma questão de lógica é muito mais prudente e vantajoso punir um criminoso em potencial (mesmo que exista a possibilidade do erro), considerando que um estuprador pode arrebentar com a vida de várias gerações da pessoa estuprada. Além disso, um criminoso dificilmente matará apenas um pai de família, de modo que a devida punição evitará que outros pais de família sejam vítimas em potencial. Consequentemente, isso evitará o desmoronamento ainda maior da estrutura familiar pela falta do pai – estrutura da qual uma sociedade saudável é totalmente dependente.

Creio que apoiar ou não a pena de morte é uma questão muito pessoal, pois a sensibilidade moral de cada um precisa ser respeitada. O questionar se a pena de morte é ideal ou não é direito de qualquer pessoa.

Porém, usar a Bíblia para dizer que Deus a “condena” é um disparate exegético, que não pode ser apoiado pelas evidências (ver, por exemplo, Dt 21:22, entre os demais textos que citei).

Repito: cada pessoa é livre para ter sua opinião sobre o tema. Porém, que os que são contra a pena capital sejam honestos em não usar o texto bíblico para defender suas opiniões.

Clique no arquivo a seguir:  significado-do-mandamento-nao-mataras-e-a-pena-de-morte para ler (e baixar em arquivo PDF) o excelente artigo intitulado “‘Não matarás: uma reflexão sobre os argumentos contra a pena de morte à luz do sexto mandamento”. Escrito por José Flores Junior, constitui-se num material acadêmico sério e, acima de tudo, bíblico. Refuta com propriedade os “argumentos” usados contra a pena capital e será de grande auxílio àqueles que desejam pensar biblicamente sobre o assunto.

 

 

Compartilhe este artigo:

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
LinkedIn
Pinterest

80 respostas

  1. Professor,

    Quanto a temática acima é justa a exposição, só acho que é um tanto contraditório no que diz respeito a como você tem se portando acerca do tema do suicídio levando em conta os princípios mais importantes da fé Cristã e a rigidez literal na qual o senhor parece sempre analisar o texto bíblico.

    Para mim faz parte do Marxismo cultural aplicado à nossa cultura que tradicionalmente é Cristã, anti-morte e por extensão anti-suicida essa visão de justificar o suicídio pelo sofrimento ou dor que a pessoa tem passado, o que pra mim e pra muita gente parece ser muito mais um estímulo ao teleouvinte e leitor que tenha esse tipo de pensamento e assista essa forma de argumento.

    Teólogos progressistas (regressistas em muitas coisas a meu ver), tem passado sobre essa temática e dado posicionamento anti-vida. Alguns a favor do suicídio assistido, outros simpatizantes de tal raciocínio, como se Deus fosse um Pai que quisesse ver a morte de um filho a quem tanto ama. Acerca disso se questionava Davi: “Porque na morte não há lembrança de ti (Deus); no sepulcro quem te dará louvor?” (Salmos 6:5 ACF). Também acerca disso pode vir a pergunta, mas se Deus nos salva pela graça pra que se apegar a um fio de vida? Quem somos nós para valorarmos a vida como sendo tão pouco mesmo em meio a dor? Acaso sabemos fazê-la? Acaso podemos a ela acrescentar um segundo que seja por nós mesmos? Retoricamente, é claro que não. É indiscutível que a salvação dos homens é pela Graça de Deus pois todos somos indesculpáveis por nossos pecados, sejam gentios ou judeus, mas a graça juridicamente me concede liberdade se eu tão somente aceitá-la e aceitando há biblicamente possibilidade para negá-la. Talvez emocionalmente se pergunte: Mas que pai que passe a vida inteira com um filho vai deixar esse filho de perder? Ora, tal argumento é meramente imaginativo e contrário à própria graça, pois assim sendo teria desculpas de ter a salvação por tempo de companhia com Deus, seria salvação pelas obras. A salvação não é por tempo de companhia com uma pessoa, mas é pela decisão de conviver com tal pessoa. Jesus nos salvará do juízo se estivermos com Ele até o fim por quem Ele é. Por óbvio Cristo é a nossa recompensa, é a nossa porção como diz a Palavra.

    A Teologia tem sido fortemente influenciada pelo Marxismo Cultural também e meu ver quase que imperceptivelmente, em outras palavras, o que ocorre é uma inversão de valores, o mundo impondo a ideia de que é politicamente errado dizer em público que as pessoas que possuem ideação ou planejamento de suicídio não devem lutar contra essas práticas porque a sociedade exige que nos amoldemos a ela e como se diz por ai os suicidas são pobres sofredores, como são de fato, mas com isso se tentando justificar e mais, estimular, esse ato de violência contra a sociedade e contra Deus um ato que só é tolerável por Deus em casos de inconsciência total ou parcial, nesta última hipótese não em todos os casos, pois muitas das vezes a parcial consciência foi provocada pelo próprio pecador impenitente, isto é, e não houve arrependimento.

    Na minha opinião tem se estimulado a racionalização do erro se justificando com a dor e o sofrimento, um apelo horrendo, mas injustificável, pois sob iguais condições Jó, Davi, Elias, Jonas, Jeremias e muitos outros personagens estiveram e não se acharam no direito de tirar a própria vida, embora para Deus pedissem a morte, mas obviamente não foram atendidos por não sera vontade de Deus. Muito semelhantemente a tal pensamento tem sido adotado acerca do aborto em boa parte do meio protestante. Tomar um discurso na internet ou qualquer outro meio de comunicação para difundir tais ideias pensando principalmente em priorizara família daqueles que já se foram é tornar a exceção regra e a regra exceção. Com isso não quero dizer que tal família não deve ser consolada, todavia, mais que apenas consolar familiares de pessoas que praticar o suicídio, está o fato de termos de desencorajar com a verdade bíblica que mais pessoas tirem suas vidas, impedindo um circulo vicioso. Em outras palavras, sugerir em seus discursos que a maioria dos suicidas possa se salvar mesmo praticando o suicídio é o mesmo que assumir uma posição presunçosa e incerta bem como dizer que é a minoria dos suicidas é que vai se perder. A verdade é que é impossível ter esses dados e qualquer conjectura quanto a isso seria falsa esperança. Não seria mais fácil afirmar apenas a verdade possível conhecida e se baseando nessa verdade transmitirmos Esperança?

    Sabemos que por princípio bíblico Deus é apresentado como inimigo da morte. Deus como Autor e Doador da vida, Deus como Mantenedor da Vida, etc… Não é por acaso que a igreja em geral seja ela primitiva, católica ou protestante e até meados do século, bem como o judaísmo em sua margem não contraditória aos princípios Bíblicos até o século XIX defendesse a visão de que o suicídio é um gravíssimo ato de pecado contra Deus, embora é claro não seja imperdoável, pois existem ressalvadas exceções, raras inclusive. Também é sabido que excessos são percebidos na generalização do discurso contrários à salvação do suicida que comete tal ato em condições específicas. Casos esses a que me refiro de Esquizofrenias muitos graves, Depressão Grave psicótica, tomando por base ainda até casos de sonambulismo grave. Todavia, a maior parte da população não entende esse discurso da bolha de estudiosos que entre si, especialmente nas áreas de conhecimento do cérebro humano, mas também em todas as demais áreas, não são unânimes e por tantas vezes em seus artigos são contradizentes. Especialmente em se tratando acredito eu do caso de que Deus sabe de todas as coisas e é baseado na minha opinião não devemos alimentar falsas Esperanças, não só por serem falsas que já seria grave, mas especialmente por serem discursos que incentivem o suicídio de audiouvintes e leitores de seus textos. Confesso que também muito me incomoda o fato de se usar a imaginação de como no sentiríamos como argumento pra dizermos se Deus estaria certo ou errado em fazer juízo de nossos atos, quando nossos sentimentos nos enganam dioturnamente.

    Também é verdade que havia e ainda há preconceito com pessoas que tenham algum tipo de doença psicológica que na visão de muitos aumenta o sofrimento da família e impede candidato a suicídio a cometer tais atos, todavia tal preconceito não deve ser combatido com discursos ineficazes e agravantes da situação, que repito eu, gera um circulo vicioso. Pois se por outro lado com outro argumento se pretende inverter a situação, conforto a família com o mesmo argumento se estimula ao suicídio e se cria um circulo que é continuamente vicioso. A solução que parece ser estremamento complexa é antiga e simples. Não se deve dizer em público taxativamente que um suicida irá se salvar, mas que é possível que seja salvo nos casos excepcionais, isto é que praticam o ato inconscientemente, ou parcialmente inconsciente desde que nesse ato de consciência tente se salvar do pecado contra a Vida naquilo que tenha consciência, pois demonstra atitude de arrependimento ou iniciativa de salvação, e assim lhes darem Esperança baseada na verdade, com esse argumento tanto pessoas que perderam um parente ou pessoas que tem ideação suicida e estão procurando respostas se sentirão confortadas. Deus nos usará, não nos esquecendo, é claro, de orar.

    Assim, o discurso politicamente correto de falar que porque a pessoa sofre ela tem permissão (consentimento) de Deus pra se suicidar é criminoso. Sei que dificilmente o senhor mudaria sua forma de transmitir sua opinião por adendo de um leigo como eu. Porque me parece que o senhor é muito literal na sua interpretação da Bíblia no que tange a pena de morte. Mas no que tange ao suicídio não traz um interpretação tão literal. O consolo é trabalho de Deus, devemos dar a Deus os instrumentos que Ele quer pra consolar as pessoas, mas tudo isso baseando-se em verdade. Todavia se deve apresentar a sentença, contra um ato criminoso que deve sempre ser reprovado dadas raras exceções.

  2. Show. Parabéns. Estou me especializando no assunto. Eu faço parte de um ministério cujo modelo é os atos dos apóstolos, e q nos ensina a pensarmos biblicamente. Uma igreja q nos tira da mediocridade e nos leva a águas profundas. Deus abençoe. Excelente post.

  3. olha, eu nunca vi tamanha artimanha, nem tanta malícia, como professar, combinando trechos de tudo que é canto (romanos, êxodo, levítico, números), essa terribilíssima má notícia, como se boa fosse, que é dizer justificável do assassinato de inocentes: “(…) é muito mais prudente e vantajoso punir um criminoso em potencial (mesmo que exista a possibilidade do erro)”. você está de parabéns, sério. senão pela ministério da morte, ao menos pela maquinação. também os doutores da lei, à época de jesus, torciam-na assim, com astúcia, de modo a tornar pesada a vida do povo, mas aqui, cabra, reconheço, você os superou.

    1. Gostei muito do seu comentário. Percebeu que ele não responde! Leandro Quadros disse em seu post que não reponde a pessoas sem base bíblica, (um tanto quanto pretencioso arrogante) disse também que somos analfabetos funcionais, cheios de erros ortográficos. Solicitei ao senhor excelentíssimo Leandro Quadros que nos ensine a ser mais inteligentes e fazendo com que nosso humilde dinheiro seja mais rentável e lucrativo do que investir em programas de TV.

  4. Olá Professor! Realmente gostei do texto, bem como de suas recomendações para leitura. Sou estudante de Direito, e vejo na prática quão falha é nossa legislação. Tenho acompanhado seus textos e procurado na Bíblia e estudado o contexto, é tão revelador que me deixa maravilhada e ao mesmo tempo assustada pela veracidade, e quanto a aplicabilidade dos ensinamentos blíblicos, digo que é uma lástima nosso Estado não aplicar nenhum deles.
    As perguntas que sempre faço ao ler um processo criminal são: E se fosse eu a vítima? Se eu fosse a estuprada, torturada e morta? E a dor da minha família como será amenizada? E quando o criminoso retornar a sociedade, quantas famílias passarão pela mesma dor que outrora passou a vítima anterior?
    A complexidade do tema merece muito estudo e atenção. Concordo plenamente com as Escrituras, Deus não desvaloriza a vida da vítima para permitir que seu agressor viva para dar continuidade ao sofrimento da família dessa vítima e de muitas outras pessoas.
    Parabéns por disponibilizar este texto esclarecedor!

  5. Caro professor entendo o seu posicionamento e o respeito. Apesar de não corroborar com o mesmo aceitar a opinião alheia e o direito de manifesta-la é importante em um contexto democrático, plural e inclusivo. Sedndo asim venho fazer apenas duas pontuações.

    Primeiro, é importante pensar que a punição pela pena capital de criminosos em potencial, como defendida no seu artigo, ainda que em nível de exceção à regra, implica, necessariamente, em possível morte de inocentes. sim o senhor já considerou este argumento no seu texto, mas avalie sera que é realmente “vantajosos” a morte de um criminoso em potencial, que ao mesmo tempo é um potencial inocente. Sera que Deus se agrada disso? E não vale cita o dito artigo acadêmico (eu o li), pois ali o autor se posiciona sobre a aplicação de pena de morte quendo não se tem nenhuma sombra de dúvida.

    No mais relembro os comentários de “Andre Moraes”, “Ze ruela” e “Lucas Santos Domingues”, para pontuar que mesmo que a Bíblia autorize a pena de morte, a aplicação da mesma na nossa sociedade seria viciada pela seletividade do sistema penal e deveria sim ser ser evitada em decorrência da impossibilidade de reversão dos efeitos da pena. Ainda que a vítima tenha sido assassinada e não tenha se conseguido salva-l, deve se pensar se não deve tentar salvar, a nível de sociedade, também o agressor.

    Uma postura de restauração, não necessariamente dissociada de punição, por certo não a capital, pode ter um poder muito mais transformador que uma punição exemplar. O link a seguir dá um exemplo disso: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-02-08/estupro.html

    Desde já agradeço a tenção e o tempo dedicado á leitura do meu comentário.

  6. Caro professor entendo o seu posicionamento e o respeito. Apesar de não corroborar com o mesmo aceitar a opinião alheia e o direito de manifesta-la é importante em um contexto democrático, plural e inclusivo. Sedndo asim venho fazer apenas duas pontuações.

    Primeiro, é importante pensar que a punição pela pena capital de criminosos em potencial, como defendida no seu artigo, ainda que em nível de exceção à regra, implica, necessariamente, em possível morte de inocentes. sim o senhor já considerou este argumento no seu texto, mas avalie sera que é realmente “vantajosos” a morte de um criminoso em potencial, que ao mesmo tempo é um potencial inocente. Sera que Deus se agrada disso? E não vale cita o dito artigo acadêmico (eu o li), pois ali o autor se posiciona sobre a aplicação de pena de morte quendo não se tem nenhuma sombra de dúvida.

    No mais relembro os comentários de “Andre Moraes”, “Ze ruela” e “Lucas Santos Domingues”, para pontuar que mesmo que a Bíblia autorize a pena de morte, a aplicação da mesma na nossa sociedade seria viciada pela seletividade do sistema penal e deveria sim ser ser evitada em decorrência da impossibilidade de reversão dos efeitos da pena. Ainda que a vítima tenha sido assassinada e não tenha se conseguido salva-l, deve se pensar se não deve tentar salvar, a nível de sociedade, também o agressor.

    Uma postura de restauração, não necessariamente dissociada de punição, por certo não a capital, por ter um poder muito mais transformador que uma punição exemplar. O link a seguir dá um exemplo disso: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-02-08/estupro.html

    Desde já agradeço a tenção e o tempo dedicado á leitura do meu comentário.

  7. Sou cristão adventista do sétimo dia, acredito que toda a matéria trata-se mais de sua opinião pessoal do que de um contexto bíblico. Concordo que devemos respeitar as autoridades, e que se a pena de morte viesse a ser praticada no Brasil eu iria respeitar e não iria sair na rua com faixas pedindo que fosse abolida.

    Porém não concordaria nunca com a prática pois creio que mesmo que não houvesse os erros de condenações indevidas, não acredito que um cristão deveria apoiar algo do tipo, pois se somos imitadores de Cristo não imagino ele “dando um voto” a favor disso.

    Talvez não seja sua intenção, mas sua matéria mostra um deleite na morte de alguém que fosse condenado.

    A questão de um arrependimento e conversão de um criminoso não existe? Por favor me mostre na bíblia que Deus se deleita na morte do impio.

    Principalmente o versículo de Ezequiel 33:11

    Diga-lhes: ‘Juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que iriam morrer, ó nação de Israel? ’

  8. Otimo!!!! Parabéns é isso mesmo Leandro, continue fazemdo artigos sobre as leis de Deus e a ignorância de alguns.

    Mais faz um vídeo:

    “Segundo a bíblia bandido bom é bandido morto?”

    Aborda essa frase muito usada, uns falam que não pq Jesus madou amar a todos, e outros dizem que sim pq a lena para bandidos assassinos e a morte.

    Seria muito interessante.

  9. A paz!
    Muito bom os argumentos usados neste artigo,até porque há referências bíblicas.
    Mesmo sendo um jovem de 17 anos,sou conservador e da Assembléia e sigo a mesma linha de raciocínio,tanto pelas características políticas quanto pela minha crença.

    Estarei dando uma aula sobre “A bondade de Deus e a vida como um presente”.

    Estarei falando sobre aborto e intento contra a vida do próximo.

    Será uma aula para jovens, que por acaso gostam de politizar e polemizar assuntos como este.

    Será uma aula e também teremos grandes debates.

    Obrigado pelo artigo,Deus abençoe!

    1. Parabéns, Diego, por apesar de tão jovem, permitir que o Espírito guie sua linha de raciocínio para que não seja influenciado por essa ideologia de direitos humanos brasileira – ideologia essa que nasceu na mente de satanás que procura afrontar os direitos humanos às vítimas, defendido por Deus em Gênesis 9:6. Sucesso!

      1. Dizer que os direitos humanos é uma ideologia que nasceu na mente de satanás é uma calúnia e uma violação direta do 9º mandamento.

        1. Prezado Cláudio: os direitos humanos de Gênesis 9.6 foram criados por Deus, ou seja, os direitos para as vítimas. Já os “direitos humanos” criados para defender bandidos, foi sim criado por Satanás. Não dá dúvidas disso! Compare a forma como Deus valoriza a vida em Gênesis 9.6 com a ideologia presente, e me diga se há harmonia entre ambas.

          Por exemplo: se eu levar um tiro de um criminoso e morrer, a família dele receberá uma ajuda de custo para sobreviver SE ele for preso. Pergunto: quem dos direitos humanos garantirá algum direito para a minha família, sendo que eu fui a vítima? É bastante claro para mim que o demônio agiu na mente daqueles que fizeram uma “lei” ridícula como essa.

          Destaco que a Bíblia não defende a pena capital para qualquer crime. Assim como as Escrituras, creio que importância da reeducação do criminoso, em sua profissionalização, inclusão social, etc. Porém, isso não isenta os criminosos hediondos de pagarem devidamente por seus erros segundo a Bíblia: com a própria vida (Rm 13.1-4).

          1. A própria separação entre direitos humanos “das vítimas” e “dos bandidos” já é uma concepção nazista.

            Quando Deus nos criou ele nos fez completos com todas as característica físicas, mentais e emocionais que nos fazem ser a sua imagem e semelhança. Isso é uma dádiva divina que todos temos sem exceção (brancos, negros, índios, orientais, ricos, pobres, homens, mulheres, crianças, corintianos ou palmeirenses). Não é uma concessão à qual passamos a ter direito depois de provarmos alguma coisa. Já nascemos humanos, independente do que façamos ou deixemos de fazer, e assim morreremos. Não existem pessoas que são mais humanas do que outras. Não existe “raça superior”. É a sociedade em pecado que cria essas superstições e conceitos pagãos.

            Quando uma pessoa comete algum erro (crime/pecado), como roubo, sequestro, assassinato, estupro, etc., ela não se tornou menos humana do que antes ou do que os outros. Não é uma “ex-humana” que sofreu uma mutação genética e se tornou uma espécie de bicho papão, um ser alienígena que perdeu a sua condição original de homo-sapiens e por isso nós poderíamos usá-la como cobaia de experimentos sanguinários. Sendo assim, toda e qualquer eventual intenção da sociedade de combater o crime e promover a paz social deve ser temperada com o real desejo de fazer justiça e não vingança.

            Concordo que há no Brasil, e também em grande parte do mundo, uma parafernália de legislações contraditórias e aberrantes que são incapazes de produzir justiça de verdade, mas os organismos internacionais que procuram, de uma forma ainda muito tímida, promover os direitos humanos não têm nada a ver com isso. A ideia de que eles só defendem bandidos é uma farsa montada pelos meios de comunicação, principalmente pelo jornalismo policial, e que só é acreditada por pessoas sanguinárias ou no mínimo manipuladas. Eu vi isso sendo construído ao longo de décadas no Brasil. Sempre gostei de política, ciência e alta cultura, e sei quem são as pessoas que estão por trás disso. Só acho lamentável que líderes religiosos também caiam nessa.

            A pena de morte da forma como existe hoje neste mundo depois de milhares de anos de pecado, não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com a que foi estabelecida na Bíblia. Hoje, não só a pena de morte, mas também todo o sistema penal/carcerário do Brasil e de muitos países do mundo não é um instrumento de justiça, mas sim de poder e opressão. O seu real objetivo é aterrorizar as pessoas para incutir em suas mentes que não existe um padrão moral universal, uma definição de certo e errado que todas as pessoas devam seguir para viverem em paz. O que existe aí é a lei da barbárie, onde quem tem poder manda e mata, e que não tem obedece e morre. Quaisquer crimes que você queira imaginar, por mais ediondos que sejam, como o estupro, o assassinato, etc., se você prestar bem atenção na estrutura do direito secular moderno, nenhum deles é enquadrado por essas leis idiotas como um mal universal indesculpável que deva ser combatido até ao ponto da sua total erradicação, mas apenas mantido sob controle, ou transformado numa espécie de privilégio a ser usufruído por um grupo seleto de pessoas. E é por isso mesmo que toda e qualquer publicidade carrasca que tem sido feita contra os chamados “bandidos”, exigindo pena de morte, tortura, julgamento e condenação sumária sem direito a defesa, é totalmente falsa, é pura propaganda enganosa. Eles não têm e nunca tiveram a menor intenção de combater o crime, e para disfarçar as suas mentiras partem para a agressão verbal e propaganda difamatória contra os direitos humanos.

            Esse assunto é muito longo, já pensei até em escrever um livro a respeito, com cerca de 1000 páginas, não vai dar para resumir tudo o que eu penso aqui. Mas já vou adiantando, nenhum dos seus argumentos me convenceu. Ao contrário, só agravou o problema. A Igreja Adventista deveria ter um grande programa de estudo comparativo entre as leis de Deus e as leis dos homens, para mostrar detalhadamente até que ponto elas se equivalem ou divergem. Hoje o que se vê é uma política de bajulação generalizada entre pastores e juristas evolucionistas que guardam o sábado. Essa é uma área de discussão bastante polêmica, embora ainda não reconhecida pela maioria das pessoas, assim como a velha concorrência entre criacionismo e evolucionismo. A coisa mais difícil de encontrar no meio religioso, inclusive no meio adventista, é um advogado criacionista. Mais de 90% das pessoas não tem a mínima ideia do que isso significa. Acreditam piamente no direito moderno, que em boa parte dos países é baseado no direito romano. E eu digo para você: Em comparação com a lei de Deus o direito romano é só um pedaço de papel higiênico usado pelo Diabo.

            E para terminar, gostei que você tocou nessa questão de colocar os presos para trabalhar. Isso nos remete à velha polêmica hipócrita de que a sociedade não tem obrigação de sustentá-los. Eu até concordo, mas veja só a hipocrisia disso tudo. O cidadão comum que nunca cometeu nenhum crime não tem o direito ao trabalho digno e à educação garantidos pelo estado. Especialmente em países como o Brasil o emprego é visto como um artigo de luxo. Usa-se toda e qualquer desculpa esfarrapada para não se criar emprego e trabalho para todas as pessoas na sociedade. Tudo o que acontece na questão trabalhista obedece a um comando hierárquico. Mesmo quando um empresário está bem intencionado e quer gerar emprego ele não pode porque a política fiscal e tributária implantada no seu país impede. Especialmente agora na era da globalização não existe nenhum país que tenha investido na educação e no trabalho ao ponto de erradicar totalmente o desemprego. Eles se contentam apenas em trabalhar com índices de redução do desemprego, mas nunca a sua resolução definitiva. E isso não é assim por acaso, é uma arma de controle social nas mãos dos donos da economia. Eles mesmos dizem isso o tempo todo nos jornais, revistas, televisão e internet. Será que essa mesma sociedade que construiu esse estado omisso, criminoso e predatório quer mesmo colocar os presos para trabalhar, sendo que ela não garante emprego nem para si mesma? Aliás não consegue sequer admitir que isso é um direito não apenas de 50%, não de 80%, não de 99% da população, mas de todos?

  10. Olá, professor Leandro Quadros. Este é a minha 1ª vez que entro nesta rica página pois amo o evangelho, assim como Paulo disse: Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê… Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”. Romanos 1:16,17.

    Espero receber notificações sobre matérias novas em relação as Verdades Bíblicas. Tenho acompanhado suas pregações em vários programas, especialmente na Na Mira da Verdade, das verdade revelada nela, que tem sido uma bênção e o Maná que vem do Céu especialmente para nós.

    Que Deus abençoa ricamente tu e teu lar, teu trabalho e fortalece-te cada vez mais para o cumprimento correcto da missão do nosso Senhor, que é na expansão da verdade, para que todos conheçam e sejam libertos do engano e da condenação eterna.

    1. Olá, Samuel: que bom ler seu comentário tão amigo e motivador. Será sempre uma honra tê-lo tanto como telespectador quanto como leitor de minhas postagens e artigos. Que o Divino Espírito Santo continue sendo seu grande amigo num relacionamento de profundo amor e amizade (2Co 13:13). Forte abraço!

  11. Olá, professor Leandro Quadros. O link para o artigo não está funcionando, poderias postar o link correto? Admiro seu trabalho, que Deus continue te usando. Abração!

  12. Opa Sr. Leandro Quadros parabéns pelo o artigo muito bem explicado,que Deus continue abençoando o senhor e ajudando a pregar o verdadeiro evangelho ,gostaria muito de trocar uns Emails com o senhor pra me ajudar a tirar umas duvidas e me mostrar mais a verdade,vou pregar esses dias e vai ser minha primeira pregação desde que me batizei na IASD. Obrigado por sua atenção e seu dom que Deus le deu !!!

  13. Sempre é uma benção suas explicações,e tem me ajudado muito a compreender as verdades bíblicas,Deus o abençoe!tenho grande carinho e admiração por você e o considero alguém realmente coerente no meio adventista!

  14. Estou com o coração muito apertado…. não consigo acreditar em um Jesus com um pensamento desse. A pena de morte pensada no sentido do juizo de Deus é uma comparação fiel e justa. A pena de morte pensada no tempo do povo de Israel é um detalhe da época. (mas levo em conta de ser um governo ministrado por Deus e não por homens.)
    “Jesus Cristo morreu por pena de morte. Jesus foi condenado a execução pois era visto como uma ameaça ao sistema religioso da época, um agitador que estava desestabilizando a ordem pública. Jesus era inocente. Seu movimento carismático e profético irritava as autoridades conservadoras e fundamentalistas da época.Todos os anos pessoas inocentes morrem por execução realizada pelo estado. Não há nenhuma prova de que a punição extrema e desumana da pena de morte reduza ou combata a criminalidade. Outro fato importante é que a pena de morte é discriminatória, sendo aplicada desproporcionalmente contra pobres, minorias, alguns grupos étnicos e raciais, grupos religiosos e etc.”
    Como aceitar uma coisa vinda de uma direita que aplica suas ideias através de um estado,protetora de um sistema contraditório e que desgasta e oprime cada vez mais os menos favorecidos?
    Não passa pela minha mente um Jesus que aceitaria tal ato. Gostaria muito de entender isso, mas procurar evidencias para comprovar uma ideia e uma opinião pessoal não me parece certo. Gostaria de uma iluminação quanto à isso…

    1. Querido Lucas: Deus compreende sua sensibilidade e eu respeito isso profundamente.

      Como postei um novo artigo sobre o tema (incluindo o arquivo em PDF de outro material excelente), vou lhe deixar o link aqui para que possa continuar analisando o tema da perspectiva bíblica: https://leandroquadros.com.br/pensando-biblicamente-a-respeito-da-pena-de-morte/

      Leia esse novo artigo, bem como o outro que sugiro. Em seguida me escreva para trocarmos mais ideias.

      Deus o guarde.

  15. Discordo. Nao sei se contigo ou com a Biblia.

    “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus;”.

    Certeza?

    Todo lider politico que ja passou pela Terra agiu sob bencao divina? Quer dizer que os cidadaos nao devem questionar as autoridades?

    Me parece ser justamente o contrario do que Jesus fez. Pelo que eu entendo, Ele desafiou as autoridades da epoca e por isso foi morto.

    A morte de Jesus foi justa?

    1. Olá, prezado(a): Veja como a Bíblia é coerente: a sujeição às autoridades tem um LIMITE: Deus e Seus princípios absolutos (leia Atos 5:29).

      Podemos e devemos questionar autoridades. Porém, a imperfeição das autoridades não justifica a ausência da impunidade. Paulo tinha essa mentalidade ao escrever Romanos 13:1-4 – mesmo que o império romano tenha errado em matar a Jesus. Erros não justificam a ausência da pena capital na visão do apóstolo, até porque a integridade de MUITAS vítimas em potencial é preservada quando o criminoso hediondo paga pela vida que tirou.

      1. Quais seriam esses principios absolutos? Quais seriam os crimes dignos de pena capital (segundo a Biblia)?

        “Porém, a imperfeição das autoridades não justifica a ausência da impunidade.”

        Meu ponto nao eh ausencia de punidade, mas pena de morte como castigo. Claro que punições rigidas devem ser aplicadas a quem pratica crimes hediondos, mas a possibilidade de erro humano sempre deve ser levada em conta. A pena de morte eh irreversivel e nao da chance para indenizacao.

        Sem contar que pode ser usada como ferramenta politica, ideologica, etc.

        Para se cogitar morte como punicao a justica deveria ser indefectivel.

        Paulo parece bastante inocente ao proferir essas palavras(Rm 13:1-5). Ele parte do pressuposto que toda autoridade vem de Deus, mas nao eh assim que funciona.

        “…até porque a integridade de MUITAS vítimas em potencial é preservada quando o criminoso hediondo paga pela vida que tirou.”

        A integridade de muitas vitimas em potencial poderia ser preservada simplesmente prendendo (e mantendo na cadeia) o criminoso.

        Fico bastante triste em ver ideias do tipo sendo difundidas dentro do cristianismo, pra mim vai de encontro contra tudo que aprendi sobre Jesus.

        O ponto eh, nao achei que os trechos citados se aplicam a realidade do mundo atual.

        1. Caro amigo: agradeço por seu post e respeito sua opinião, mesmo que ela contrarie Gênesis 9:6, onde Deus (Jesus) deu a pena capital num contexto transcultural, de modo que, segundo o texto bíblico, a mesma é válida ainda para nossos dias.

          Mais irreversível que a pena de morte é a morte das vítimas de criminosos hediondos. As vítimas sim estão numa “prisão perpétua”. Elas sim estão numa condição irreversível até o dia da ressurreição. Desse modo, fico ao lado do texto bíblico de Gn 9:6 onde Deus, desde o início do mundo, nos ensinou o que é realmente direitos humanos: tirar a vida do criminoso que matou uma pessoa que é à imagem e semelhança de Deus.

          A Bíblia não apoia a existência da pena capital apenas se a mesma for “indefectível”. Prova disso é que Paulo a sancionou mesmo sendo ela aplicada por um império que, em certas vezes, a usava como instrumento político. Afinal ele sabia que isso não isenta o criminoso hediondo de ser condenado à morte, e muito menos impede que a Lei execute, na sua grande maioria, criminosos comprovadamente merecedores da punição. A lógica do autor bíblico é bem diferente da lógica petista que nos foi ensinada.

          Todavia, destaco: respeito sua opinião. Fique na paz.

          1. Prove-me à luz da Bíblia sua afirmação, Cláudio. Estarei disposto mudar de opinião se me provar isso com o texto bíblico. Do contrário, recomendo que peça ao Espírito Santo para que tire de sua mente essa ideologia esquerdista que tem feito “germinar” a bandidagem.

  16. A Bíblia tanto é a favor – partindo do seu ponto de vista acima – más também ela é contra. A bíblia pode levar uma pessoa pro céu, más também pode levar pro inferno; depende de quem a interpreta, como a interpreta, onde a interpreta… é uma questão de interpretação.

  17. pastor.. sera que devo entender as ocorrencias policias que resultam em morte do suspeito da mesma maneira? isto inocenta os policiais de homicidio perante a lei de Deus?

    1. Sim, Júlio: você está certo. Se o policial teve de matar no cumprimento de seu dever, não tendo outra alternativa (era ele, outra vítima ou o bandido), Deus não considera homicídio por parte do policial.

    1. André:

      Sinceramente, se minha vida fosse tirada de maneira errada – mas que criminosos hediondos continuassem pagando a pena e, assim, milhares de outras vidas inocentes serem preservadas – Deus o sabe que sou homem para arcar com isso. Seu argumento, portanto, é inútil nesse tipo de discussão,

      Uma vítima que teve a filha estuprada e morta poderia argumentar com você: “Pensa assim de maneira exclusivista porque não foi a sua vida arrebentada como a minha e de minha filha”.

      1. Então o Sr. acha justo um inocente morrer? Se vc quer dar sua vida por alguém é problema seu, agora querer q qualquer inocente esteja disposto a morrer, isso sim é inútil.

        1. André: vou devolver-lhe a pergunta para ver que a coisa não é simples:

          Você acha justo correr o risco de deixar criminosos em potencial vivos, para que milhares de inocentes venham a morrer e a serem estupradas? Acha justo vítimas em potencial, aos milhares, terem as vidas destruídas por aqueles que não querem mais ter conserto?

          Estamos num contexto de pecado e, infelizmente, muitas vezes teremos de optar pelo menor dos males.

          1. Esse será justamente o discurso para o decreto dominical. Vamos exterminar determinado grupo em “favor” da maioria.

          2. Respeitosamente, André, nada a ver uma coisa com a outra. O decreto dominical será usado pelo Demônio para castigar inocentes. A Pena Capital foi sancionada por Deus para castigar criminosos.

            Se o irmão leu o artigo que disponibilizei, de José Flores Jr., pôde ver a invalidade do argumento de que “a pena capital é inviável porque alguns inocentes podem morrer”. O autor muito bem destacou na página 95 o seguinte:

            “O fato de que erros serão feitos por seres humanos falíveis na aplicação deste castigo não é um bom argumento para aboli-la completamente” (GEISLER, 1991. p. 209). Mesmo sem haver pena de morte, como é o caso de nosso País, um erro pode acabar com a vida de uma pessoa. Nem por isso se deixa de julgar os criminosos e colocá-los na cadeia, mesmo correndo-se o risco de haver um equívoco. Médicos também cometem erros e nem por isso se elimina a medicina.

            “A discussão em questão não é a administração da justiça, mas se em caso de não haver nenhuma dúvida quanto à culpa do criminoso, ele deve ou não morrer. Sabemos que para que uma pessoa fosse condenada na Bíblia era necessário um julgamento justo, no qual existissem testemunhas oculares (Nm 35:30). De nenhum modo, é incentivada a morte de alguém sem o devido julgamento do caso.”

            Espero que esses argumentos o ajudem em suas considerações. Obrigado por escrever.

          3. – Não disse q o decreto dominical tem o mesmo propósito, mas que o discurso será o mesmo, justificando a morte de inocentes por algo maior.- Você cita Números 35:30, se o julgamento fosse realmente justo, não estaríamos aqui discutindo a morte de inocentes, no Brasil sabemos que apenas pobres são realmente condenados, veja o caso do “empresário” de Ribeirão Preto, que matou 2 pessoas, feriu uma terceira, na fuga o funcionário que estava com ele morreu em um acidente por estarem em alta velocidade, e após 20 anos ele foi julgado e condenado a apenas 9 anos de prisão e vai continuar em liberdade para recorrer.- Não existe relação entre pena de morte e queda da criminalidade, procure saber porque nos EUA cada vez menos a pena de morte é aplicada. – Matar alguém achando que isso vai diminuir o sofrimento de outro não passa de vingança. – Matar alguém é retirar a chance de que essa pessoa se volte para Cristo, por mais que exista um tempo de processo, entre o crime e a punição, não se sabe quanto tempo uma pessoa leva para ser tocada pelo Espírito Santo, enquanto alguns são tocados ao passar em frente a uma igreja, outros podem levar uma vida toda. – Deus é o ser mais justo(e misericordioso) do universo, a morte de um inocente é umas das coisas mais injustas. – Por fim, Cristo foi contra a pena de morte, veja a história de João 8:1-11, não há nos textos que você citou que a pena deve ser aplicado por alguém puro mas Cristo preferiu dar a chance da mulher ir e não pecar mais.

          4. Irmão André: agora compreendi melhor seu ponto de vista. Porém, o fato de o discurso ser o mesmo, isso não anula a pena capital executada dentro dos padrões bíblicos. Recomendo que não somente leia meus artigos, mas também o do Pr. Júnior Flores, publicado pela Revista Kerygma, e que disponibilizei aqui no site. Verá que sua argumentação não é bíblica, mas tem como base a sua compreensão particular de amor e justiça.

            Todavia, saiba que mesmo não concordando com o que escreveu, respeito sua opinião.

            Grande abraço.

        2. Quais são os casos em que inocentes morreram? Discurso de politicamente correto…O bandido e marginal não vai ter pena de você quando ele tiver chance de te aplicar a pena capital! Genesis 9:6!

      2. Que argumentação ridícula! Esse é princípio que sempre é usado para a formação de estados terroristas como o Brasil, EUA, etc. É uma contradição inaceitável, afinal, se o estado pode matar inocentes, como convencer os bandidos a não fazer o mesmo?

        1. Caro Cláudio: vc está bastante desinformado a respeito. Leia com atenção os artigos, avalie-os à luz da Bíblia e esteja disposto a mudar seus conceitos teológicos. Não permita que uma cultura marxista molde sua mente.

          1. Qualquer um que, sendo inocente, se oferece voluntariamente nas mãos de um estado terrorista confesso para ser morto, em nome de um suposto “bem maior”, por definição já está cometendo idolatria.
            E pior ainda, querer transformar o seu próprio pecado em obrigação cívica para outras pessoas, ou seja, apoiar pena de morte mesmo reconhecendo que inocentes serão sacrificados, é um pecado tão horrível aos olhos de Deus que só é comparável a atirar seus próprios filhos no fogo para fazer, como no antigo testamento, sacrifícios ao deus pagão Moloque.
            É a sua opinião que deveria mudar.

        2. Tu estas a deixar que seus sentimentos obscurecam sua visão e deixando de lado a razao, e moldandoas escrituras de acordo com os aspectos de sua ccosmovisao , o assunto esta claro e muito bem explicado
          .

          1. Pra começo de conversa se fosse inocente não estava roubando ou matando ou estuprando…Os marginais e bandidos fazem isso PREMEDITADAMENTE, PLANEJADAMENTE…Ninguém se envolve em coisas ilícitas sem saber as consequências! Que conversa mais furada!

  18. A unica vantagem disso é que se te considerassem um criminosos em potencial e te punissem de forma equivocada eu não teria de ler um texto como esse…

    1. Elbert: repetirei a vc a resposta que dei anteriormente para André:

      Sinceramente, se minha vida fosse tirada de maneira errada – mas que criminosos hediondos continuassem pagando a pena e, assim, milhares de outras vidas inocentes serem preservadas – Deus o sabe que sou homem para arcar com isso. Seu argumento, portanto, é inútil nesse tipo de discussão.

      Uma vítima que teve a filha estuprada e morta poderia argumentar com você: “Pensa assim de maneira exclusivista porque não foi a sua vida arrebentada como a minha e de minha filha”.

      1. Sinceramente achei que nem fosse aceitar meu comentário, até pq foi uma simples critica sem muito fundamento, mas obrigado ainda assim pro responder.

        Acho muito estranho você continuar defendendo que a morte de inocentes “por um bem maior” é algo aceitável… isso dá margens pra atrocidades.. e não, não existe nenhuma relação ou garantia que matar inocentes (como por sinal já o fazem, mesmo sem uma lei escrita pra isso) vá garantir que haja menos atrocidades… você como cristão sabe que a única morte que garante salvação já ocorreu.
        A sociedade aceitar que se tire a vida de um inocente por uma suposta “margem de acerto”, ao meu ver, faz da sociedade tão culpada quanto qualquer outro assassino.

        Pensar de uma forma extrema, como alguém que perdeu um ente querido é tirar toda a razão pra justificar um ato impensável (aceitar atrocidades por um bem maior).

        Ótima semana!

        1. Estimado Elbert: obrigado por discordar de mim de forma bastante respeitosa.

          Convido-o a ler por completo o artigo acadêmico preparado por José Flores Jr, que disponibilizei em formato PDF. Você verá que sua análise, mesmo sendo válida, não justifica a não existência da pena capital para punir os criminosos hediondos após acurada investigação (Nm 35:30). Leia o artigo todo para que possamos continuar na discussão e entrarmos num consenso, quem sabe.

          Eis o link novamente: https://leandroquadros.com.br/wp-content/uploads/2016/07/Significado-do-mandamento-N%C3%A3o-Matar%C3%A1s-e-a-Pena-de-Morte.pdf

          Um abraço e feliz semana pra vc tb!

    1. Estarei disposto a tal debate, amigo Daniel, desde que seja com base no texto inspirado. E que o conceito bíblico de direitos humanos, expresso em Gn 9:6, tenha consideração atenta do debatedor. Um abraço.

  19. Boa tarde professor, sou d mesma opinião é entendo a bíblia nessa mesma linha de compreensão, mas há algo que já acompanhei você (permita-me usar o voce) dizendo algo sobre legítima defesa que entendi como uma divergência. Por exemplo: pela legislação brasileira eu posso possuir uma arma em casa para “defesa” (que não significa um ataque) da minha família, o apóstolo Pedro andava armado, tanto é que cortou a orelha do soldado na captura de Jesus e foi repreendido por Jesus por ter “atacado” o mesmo.
    Em um dos seus artigos você se diz contra o cristão andar armado (o que concordo plenamente) mas em relação a defesa ou repreensão a invasão doméstica, não vejo nenhum argumento contrário bíblico, poderia ajudar nessa questão? Do seu irmão de igreja que admira muito o trabalho de vocês abraço.

    1. Estimado irmão: penso como você. Na verdade, creio que o desarmamento feito no Brasil foi de uma irresponsabilidade sem tamanho por parte do governo, pois eles desarmaram (na sua maioria) pessoas de bem, enquanto que os bandidos continuam bem armados! Que País ignorante esse nosso.

      Obrigado por seu comentário. Abraço!

  20. Muito bom. Eu mesma tinha muitas dúvidas sobre esse assunto. Parabéns!! Tô sempre lendo seus artigos, pois acredito muito que és usado por Deus.

      1. Ola Leandro Quadros,meu mome é Renan sou Adventista na cidade de Catamduva Sp.Eu sou a favor tb,mas Cristo n deveria punir Maria Madalena também?Ele não disse para n resistirmos a assaltos?_se alguem o obrigar a andar uma milha,ande com ele duas.O que você diz a respeito?

  21. Gostei, ter fundamentos bíblicos é muito bom. Agora é claro que cada um tem opiniões diferentes e apesar de ser a favor, acho que o risco de pessoas inocentes morrerem é grande, devido a imensa corrupção que há no meio de uma “justiça”.

      1. Professor boa noite.Sou fã do senhor e admiro seu trabalho. Venho aprendendo muito ao longo desses anos que acompanho, principalmente pela internet. Mas professor eu confesso que fiquei um pouco chocado com essas informações. Sou um defensor ferrenho da vida e sempre achei que a bíblia, nosso manual de instruções, apoiasse essa minha ideia. Vejo que eu estava errado. Mas ainda continuo não sendo a favor da pena de morte, acho que meus sentimentos humanistas ainda estão falando mais altos. Será que por ainda pensar assim, posso estar de uma certa forma pecando ou sendo cúmplice por não concordar com a pena capital? Entendo hj através dos estudos que acompanho do senhor, que o manual de instrução está ali para nos instruir, e não para usarmos de acordo com o que achamos. Mas, confesso que fiquei um pouco preocupado com isso. Abraço professor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sobre o Autor
Prof. Leandro Quadros

Com mais de 20 anos de ensino sobre a Bíblia em igrejas, congressos e programas de TV e rádio, desenvolvi diversos conteúdos – e-books, audiolivros e cursos; para compartilhar os meus aprendizados e tornar acessíveis temas teológicos complexos.

Artigos Recentes