Essa é uma pergunta para a qual não temos uma resposta definitiva. Porém, há possibilidades que podem ser apoiadas pelo próprio texto bíblico:
- Alguns comentaristas, bem como cientistas criacionistas, creem que a luz pode ter vindo do próprio Deus. “Sua presença pode ter sido a fonte principal de luz nos três primeiros dias” (1). Isso é perfeitamente possível porque, segundo Apocalipse 22:5, a Cidade Santa não necessita da luz do Sol e da Lua por causa do brilho da glória que emana da Divindade (Veja-se também Êx 13:31; Sl 27:1; 1Jo 1:5).
- Outros preferem crer que a “luz” veio do próprio Sol.
Como isso é possível se os astros são mencionados apenas no 4º dia da criação? (Gn 1:14-19) Intérpretes afirmam que no hebraico, a declaração de Gênesis 1:16: “Fez Deus os dois grandes luzeiros”, também pode ser traduzida como “havia feito os dois grandes luzeiros”.
Desse modo, de acordo com esta interpretação, Deus teria “chamado” a luz do Sol no 1º dia da criação e, no 4o dia, ter feito com que as “águas sobre o firmamento” (Gn 1:7) ou “nuvens pesadas” (Jó 38:9) que envolviam nosso planeta desaparecessem, para que o Sol e a Lua não mais fossem impedidos de ser vistos no planeta.
Ambas as interpretações são possíveis. Todavia, somente no Céu teremos a resposta final.
REFERÊNCIA
(1) Jirí Moskala em Interpretando as Escrituras (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2015), p. 105.