Leandro Quadros

Paulo ensinou a abolição do sábado em Colossenses 2:16?

Tradicionalmente, como igreja (adventista) ensinamos que os “sábados” mencionados por Paulo em Colossenses 2:16 se referem aos sábados “cerimoniais”, ou seja, festas Israelitas também chamadas de “sábados” (ver Lv 23). Tais festas eram assim chamadas pelo fato de haver “descanso” também em tais celebrações.

Em 2008, Ron du Preez, em um estudo exegético, linguístico, estrutural, sintático e intertextual de Colossenses 2:16, pareceu comprovar essa tese original ensinada pelos adventistas e por teólogos batistas como Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, no Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible. Segundo Preez, os “dias de festas” dizem respeito às “três festas de peregrinação da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos”; a “lua nova” se refere à festa mensal; e os “sábados” se referem às três celebrações adicionais das “Trombetas”, do “Dia da Expiação” e dos “Anos Sabáticos”.[1]

Todavia, teólogos adventistas especialistas no Novo Testamento, entre eles Samuele Bacchiocchi[2] e Wilson Paroschi (em suas excelentes aulas de teologia), têm demonstrado ser mais coerente a interpretação de que a ordem “dias de festa, lua nova ou sábados” se refere a três períodos: um anual (no qual os sábados cerimoniais já estão incluídos), mensal (a festa de Lua Nova era mensal) e semanal (sábado do sétimo dia). Isso parece ser apoiado por outros textos do Antigo Testamento onde a mesma sequência mensal-anual-semanal aparece: Isaías 1:13, Ezequiel 45:17, Oseias 2:11, etc.[3]

Isso significa, então, que Paulo estaria abolindo o quarto mandamento? Com certeza, não. Até mesmo teólogos observadores do domingo reconhecem isso, pois Paulo lida com um problema muito específico na igreja de Colossos, que envolvia algumas heresias: adoração a anjos (Cl 2:18) e rigor ascético (Cl 2:20-23). É impossível imaginar que guardar o sábado em si mesmo fosse uma heresia! (ver Êx 20:8-11).

Nesse caso, Paulo não estaria atacando os dias festivos e o sábado semanal em si, mas sendo contra uma heresia que colocava tais celebrações num contexto pagão, ofuscando desse modo a pessoa de Jesus Cristo.

Vejam o que diz o comentário do teólogo protestante Ralph P. Martin, publicado pela editora Vida Nova em 1984:

“Os dias santos, sejam anuais, mensais ou semanais, também eram assunto de controvérsia em Colossos. Aqui, também, o princípio radical deve ser notado. Paulo não está condenando o uso dos dias e tempos sagrados. Nem tem em mente a observância judaica destes dias como uma expressão da obediência de Israel à lei de Deus e um sinal de sua eleição […] O que é seu princípio aqui é o motivo errôneo envolvido quando a observação dos festivais santos fica sendo parte da adoração defendida em Colossos como reconhecimento dos ‘elementos do universo’, os poderes astrais que dirigem o curso das estrelas e regulam o calendário. Devem, portanto, ser aplacados”.[4]

Nossos irmãos evangélicos costumam usar também Isaías 1:13 e Oseias 2:11 para “apoiar” a abolição do sábado. Porém, uma leitura simples e contextual de tais textos revela que Deus está sendo contra não as festividades que Ele mesmo estabeleceu, mas sim contra o culto hipócrita, que desvincula a adoração do estilo de vida.

independente da interpretação que usemos para Colossenses 2:16, o fato é que Paulo em hipótese alguma está menosprezando a observância de um dia santificado por Deus na criação (Gênesis 2:1-3), celebrado por ele mesmo “segundo seu costume” (Atos 17:2), até mesmo em territórios pagãos, onde não havia sinagogas judaicas (Atos 16:13).

A observância do sábado, quando feita da maneira correta e não legalista (ou liberal), nos recorda que só podemos ser pessoas melhores por meio da graça de Deus, não por nossas próprias obras que são comparadas a “trapo de imundícia” (Isaías 64:6):

“E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12).

A doutrina do sábado nos mostra que somos justificados e santificados pela fé em Cristo (Atos 26:18), não por nosso comportamento. Uma vida obediente não é mais do que o resultado da transformação efetuada pelo Espírito ao longo de toda a vida (Hebreus 8:10). Vida essa que terá altos e baixos enquanto não formos libertos da presença do pecado no momento da glorificação (cf. 1Coríntios 15).

CONCLUSÃO

Um estudo contextual revela ser impossível encontrar qualquer respaldo bíblico para a abolição do sábado inclusive no Novo Testamento. Como memoria do Deus Criador (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11) observar o sábado é uma proteção contra o ateísmo, secularismo e materialismo.

Não é por acaso que a doutrina da justificação pela fé em Apocalipse 14:6 está acompanhada de um convite para adorar ao Deus Criador e único Salvador também no sétimo dia, como demonstração de fé em Sua autoridade como Legislador (ver Ap 14:6, 7; compare com Êx 20:11), não na autoridade de poderes religiosos e políticos que irão se apor aos que “guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Ap 14:12) nos últimos dias que precedem a volta de Jesus Cristo (veja Apocalipse 13; 16:12-16).

Queira você ou não, o mandamento do sábado continua em vigor, e sua obediência a este eterno preceito divino (Mateus 5:17-19) não lhe torna aceito (a) diante de Deus. Gosto dos paradoxos divinos porque nos tornam humildes e dependentes do estudo sério de Sua Palavra, se quisermos entendê-los devidamente. Entretanto, a devida compreensão da doutrina da justificação pela fé em Cristo (Ef 2:8,9) que nos torna pessoas melhores e obedientes (Ef 2:10) ameniza tal paradoxo.

 

REFERÊNCIAS

[1] Veja-se Ron du Preez, Judging the Sabbath: Discovering What Can’t Be Found in Colossians 2:16 (Berrien Springs, MI: Andrews University, 2008).

[2] Samuele Bacchiocchi, The Sabbath in the New Testament: answers to questions (Berrien Springs, MI: Biblical Perspectives, 1985), p.p. 108-117.

[3] Por sua vez, Kenneth A. Strand sugere que Paulo pudesse estar “usando um dispositivo literário comum de paralelismo invertido, partindo de festas anuais para mensais e depois retornando às festas anuais” (ver Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia [Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012], p. 563). Todavia, o referido teólogo não fecha a questão, reconhecendo que as demais interpretações também são possíveis. Mesmo assim, ele conclui: “[…] a bem comprovada prática de observar o sábado pelos apóstolos contraria frontalmente toda e qualquer tentativa de usar Colossenses 2:16 como evidência de que o sábado do sétimo dia foi ab-rogado” (Ibidem, p. 564).

[4] Ralph P. Martin, Colossenses e Filemon – Introdução e Comentário (São Paulo: Vida Nova, 1984), p.p. 100, 101.

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30 respostas

  1. Essa questão do sábado, para a igreja , passa por romanos 14 e colossenses 2 , embora muitos entendem o texto de romanos ligado ao de 1 Coríntios 8. A meu ver o texto de romanos é claro a respeito de guardar dias e colossenses 2 também o é , é difícil condenar um Cristão ( gentio ) por não guardar o sábado, a partir do novo testamento, olha realmente é difícil. Porque lendo romanos 14 e colossenses 2 , da pra entender sim , que não passou para igreja a questão do sábado , os pastores que pregam assim ou entendem que o descanso é Cristo tem textos para justificar porque entenderam desta forma , então como condena-los ?? Não há de fato um texto claro e direto ordenando a igreja a guardar este dia . Já para Israel há vários. Por isto existe esta discussão,. Quanto ao domingo , a igreja somente se reunia neste dia ( jamais se encontra ordem para guarda- lo , isto não existe ) . No caso adventista é muito mais do que interpretação bíblica, sei que eles creem no decreto dominical como creem em Cristo, é uma doutrina antiga desta igreja reiterada por Ellen White, a quem a igreja adventista considera como ( espírito de profecia – porque creem que ela tinha este dom ) , sei que os escrito dela são considerados , autorizada fonte de verdade , correção, conforto e instrução para esta igreja. Então é difícil , pois Ellen White descreveu o sábado como a pedra de toque no momento final , o selo que irá separar o povo de Deus , do povo da besta , sendo assim o sábado se torna tão grande neste momento que será o motivo da perseguição no momento final , enquanto os guardadores do Domingo são os que aceitaram a marca da besta por guardar este dia após o decreto dominical ser ordenado. Toda questão adventista com a guarda do sábado passa na verdade por este decreto ou profecia. Bom se este decreto ocorrer saberemos que tinham razão e realmente estava correta a interpretação . Mas e se não ocorrer decreto dominical ?? e se a perseguição for contra quem confessa que Jesus é o Cristo e crê em sua palavra ?? , se for assim como fica a questão do sábado ?? Porque neste caso a teologia de Ellen White estaria bem equivocada. Bem estas coisas quem vai responder é o tempo e os eventos que virão , mas uma coisa eu vejo , pela bíblia , evangelhos , cartas , epístolas , vai ficar esse debate em torno do sábado por muito tempo , porque ambos estudiosos apresentam seus argumentos e todos bíblicos , até que aconteça ou não este decreto dominical. Então poderemos ver quem de fato interpretou corretamente a escritura, e não considero que , quem interpretou de forma equivocada algum texto , está perdido , perdeu a salvação , para mim entra em 1 Coríntios 3 está questão , a forma como cada um está pregando ou construindo será provada, porém este será salvo porque creu em Cristo.

  2. A paz meus irmãos adventistas,tenho muita gratidão por todos vocês,que na minha adolecênscia (12 e 15 anos).Tive acompanhamento dos irmãos adventistas,na pessoa do Pastor Gerson-Linhares E.S. O qual me ensinou arte da carpintaria e me ocupava sempre com atividades na igreja e com lições da Biblía.Sempre estou aprendendo com os irmãos e peço a Deus sempre que abençoe a todos ,agradeço desde já ….

  3. Boa tarde Leandro Quadros, sou o Ronaldo Mendes, que falei com vc na TV NT, juntamente com o pessoal de Varginha/Mg , no dia 22/09 . Fiquei de te enviar um resumo do comentário que apresento sobre o texto de Col. 2:16 porém preciso do seu endereço de e-mail para o enviar e vc analisar. Vc. pode me passar o seu e-mail pelo meu?

    segue: ronaldomendes4@yahoo.com.br
    Aguardo

  4. Olá, professor.

    Eu já imaginava que suas ocupações inviabilizassem uma resposta imediata. Por isso mesmo, afirmei que somente não entendia o porquê de a publicação de um comentário respeitoso (apesar de divergente, nalguns aspectos) ficar vinculado à possibilidade de o professor respondê-lo. Pois sei serem diversas as perguntas que chegam ao site, o que, entendo, torna inviável responder a todos com brevidade. Por outro lado, a variação de pontos de vista, ainda que o Professor não os comente, enriquece a discussão, o que dá sentido a essa possibilidade de os visitantes puderem comentar os artigos que o senhor publica. Não é mesmo?

    Quanto a igreja em que congrego, sou de formação e confissão católica. Amo estudar as Escrituras e acredito que uma boa forma de melhor entendê-la é conhecer e ponderar os diversos pontos de vista sobre os textos que nos propomos meditar ou comentar. Entendo, porém, que a nossa pretensão nunca deve ser “dominar” o texto sagrado, mas envolver-se nele e por ele refletir a nossa fé e a nossa caminhada de fé – o que pressupõe “confrontar” a vida com as exigências dessa fé, vendo a Escritura como algo dinâmico e sempre revelador. O que não dispensa o dever de, ao interpretarmos um texto, não confundirmos pressupostos nossos com propósitos do texto mesmo, ou entender que estudo de texto bíblico equivale à leitura devocional dele (porque não são as mesmas coisas, e, paradoxalmente, não se excluem mutuamente).

    Quando comentei Mt 5,17-18, procurando demonstrar que em Mt 5,17, o propósito textual é destacar que Jesus é o Profeta-Messias predito na Lei (Torah) e nos Profetas (Nebîm), o fiz porque já li e até ouvi do senhor, em outras oportunidades, comentários que corroboram ser essa expressão “Lei e Profetas” referência às Escrituras, mas estranhava de não encontrar essa declaração quando o senhor lida com essa mesma expressão em Mt 5,17. Pois, geralmente, tende a fazer uso da compreensão mais corriqueira no adventismo, que é associar o termo “Lei” a “Decálogo”. Mas o texto grego e a forma usual dessa expressão nos tempos de Jesus, entre os judeus, não permite entender que “Lei” seja sinônimo de Dez Mandamentos. Entretanto, a tendência adventista, pelo que observo é, na maioria dos casos, levar à interpretação desse e de outros textos em que o vocábulo “Lei” aparece, ao que adventismo hoje entende por Lei, os Dez Mandamentos. O que não me parece correto, porque, nos tempos bíblicos se entendia Lei, essencialmente, como Escritura, não exatamente como Decálogo.

    Até compreendo fazer sentido, na expressão de fé adventista, pensar “Lei” como sinônimo de Dez Mandamentos (pois para o Advenstimos, Lei é os Dez Mandamentos), mas discordo que, quando ao interpretarem certos textos, levam a eles essa compreensão, porque para o ambiente judeus (no qual Primeira e Segunda Aliança “nasceram”), Lei é muito mais do que Dez Mandamentos – é a revelação divina na Escritura!

    O senhor, certamente sabe que até o séc. I, os judeus não pensavam as Escrituras como algo tripartite – Lei (Torah), Profetas (Nabîm) e outros Escritos (Ketubîm) – , mas como algo biparite (Lei e Profetas), E num sentido mais profundo, “Lei” (tradução equivocada de Torah, cuja melhor tradução seria “Ensino” ou “Instrução”) é, para o ambiente judeu, no sentido mais profundo, qualquer parte da Escritura. Por isso mesmo, em 2 Tm 3,16 consta: “Toda a Escritura inspirada… é útil para INSTRUIR…” de modo que toda ela, no sentido judeu, é uma Torah – instrução, ou ensino – inclusive os livros do chamado Novo Testamento.

    Sinto-me muito feliz em ter a oportunidade de dialogar com o senhor, ainda que de modo virtual. Pois também aprendo muito com suas colocações.
    Que Deus continue inspirando sua caminhada e o instruindo a promover o bem e o amor cristão, pois nesses pontos, somos chamados a convergir, ainda que vivendo experiências de fé com particularidades.

    1. Caro irmão: realmente meu tempo está escasso para responder a todos os comentários. Por isso, seguirei seu conselho: aprovarei os comentários para irmos fomentando os bons debates. Espero em breve continuar analisando com você esse assunto.

      Para esclarecer a você o pensamento adventista sobre o termo “Lei”, deixo uma citação de nosso Tratado de Teologia, p. 511 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012). Ele apresenta um resumo de nossa compreensão:

      “A palavra mais comum para lei no AT é Torah, que significado ‘ordem’, ‘instrução’ ou ‘lei’. Embora comunique exatamente este significado, Torah se refere muitas vezes à totalidade da instrução divina dada por Deus a Seu povo (Gn 26:5; Êx 16:4; Is 1:10; 8:20). O Salmo 119 utiliza diversas palavras para descrever a lei de Deus: ‘testemunhos’ [v. 2]; ‘preceitos’ [v. 4]; ‘estatutos’ [v. 5]; ‘mandamentos’ [v. 6]. Todos esses termos se agrupam sob um só coneito: Torah, a totalidade da vontade de Deus. Nessa palavra estão inclusas as leis moral, cerimonial e civil de Israel. Visto que a ‘lei’ de Deus continha todo o plano de salvação, Isaías pôde afirmar que ‘as terras do mar guardarão a Sua doutrina’ (Is 42:4). O Pentateuco, a principal fonte dessa instrução, era chamada de Torah, ou ‘Livro da lei de Deus’ (Ne 8:18; 9:3). O NT emprega o termo grego nomos como equivalente de Torah. As nuanças de significado de nomos são variadas, reffletindo o rico significado de seu original hebraico. Pode apontar para a Escritura como revelação da vontade de Deus (Jo 15:25), para o Pentateuco (Mt 7:12), às vezes para o Decálogo (Tg 2:10-12) ou ainda para a lei cerimonial (At 15:1). O abundante material relativo à lei existente na Bíblia abrange todos os aspectos da vida: saúde, dieta, sexualidade, trabalho, comunidade, culto, governo e até a relação com o meio ambiente. Algumas dessas leis são de aplicação universal, enquanto outras ficam restritas a determinados tempos e lugares. Contudo, todas elas são Torah: instrução divina para o povo de Deus”

      Espero que esse trecho do capítulo 13 do Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia seja útil no amadurecimento dos seus e dos meus conceitos.

      Sempre será muito bom trocarmos essas ideias e conhecimento. Um abraço.

      1. Boas observações, Professor. Elas refletem bem a complexidade do termo Torah. Reitero, porém, que, para o público em geral, essas diferentes nuanças, nem sempre ficam claras nas interpretações que alguns adventistas promovem de certos textos. Ainda assim, alguns textos citados como referentes ao Decálogo, parecem não se referir a ele exatamente, mas sim, terem como propósito compará-lo com outros mandamentos da Torah, para destacar que a importância que se dá àquele não deveria ser causa de negligencia a outros mandamentos da Torah, sob o pretexto de observância de alguma regra moral constante do Decálogo. Exemplo disso é Tg 2,10-12, que deve ser entendido contextualmente. Para isso, a leitura deve começar no verso 1, daquele capítulo, para que seja aclarada a real discussão levantada pelo autor. Ainda assim, muito interessante e rica a observação acerca da complexidade do termo “Torah”, porque esse, muitas vezes é reduzido ao mero conceito de “Lei” (com o sentido jurídico, ignorando-se que uma percepção assim, esvazia o sentido de um termo de abrangência maior, como a obra sugerida pelo Professor ajuda a compreender. E talvez por isso, muitos dos irmãos evangélicos adotam uma percepção muito negativa da Lei, porque se deixam levar pela tradução que parece não refletir o que de fato AT e NT entendem pelo termo hebraico “Torah”). Reitero que aprecio muito suas abordagens e a forma respeitosa como o senhor diverge (quando diverge). Sou além de leitor desse site, telespectador do “Na Mira da Verdade”. Até a próxima.

        1. Caro Damião: infelizmente, é uma realidade o que escreveu: as “interpretações que alguns adventistas promovem de certos textos” vai contra aquilo que a própria denominação ensina. Obrigado por ser um leitor de meu blog e telespectador do programa. Será sempre uma satisfação trocarmos conhecimento, meu irmão. Até breve!

  5. Olá, é certo que o Prof. Leandro Quadro é alguém muito ocupado. O que não estranha que respostas suas às postagens tardem um pouco. Mas, confesso não entender por que a moderação, se não identifica comportamento ofensivo, ou de baixo calão, não publica o comentário que teci, a convite do próprio Prof. Leandro, que escreveu: (sic)“Podemos tratar mais do assunto aquilo pelo blog. Estarei à sua disposição”. Repliquei fundamentadamente seu comentário. Solicitando que moderação considere que a divergência de pontos de vista, em matéria de interpretação, quando respeitosa, é natural. Razão por que, reitero (com correções) a postagem de 18/08/2016, na esperança de que seja publicada:

    Sinto-me honrado por sua atenção, Professor Leandro, pois apesar de divergir nalguns pontos, o acompanho com frequência. Julgo admirável sua habilidade em lidar com os textos bíblicos e a forma como senhor fundamenta o credo de sua confissão.

    Sobre Mt 5,17-19, de fato, o termo “Lei”, se lido isoladamente, refere-se primeiramente à Torah (já que o termo “NOMOS” empregado em Mt 5,17, reflete o uso judeu dessa expressão, que não é referência a um conjunto de normas de valor meramente jurídico, mas sim, a um conjunto de livros atribuídos a Moisés, que costumamos chamar de “Pentateuco”, e que fundamenta a fé veterotestamentária, como a seção mais prestigiada entre os judeus).

    Observe, Professor, que Mt 5,17 faz uso da mesma expressão usada em Mt 11,13 (“…os PROFETAS e a LEI profetizaram até João”). Neste, o contexto demonstra que a expressão “Lei e os Profetas”, usada frequentemente pelos judeus para se referirem a “Escrituras”, indica que a espera pelos tempo messiânico durou até os dias de João, pois após João, vê-se o cumprimento da promessa constante da Lei (Torah) e dos Profetas (Nabîm), pois Jesus era o esperado (que veio). Isto é, para os judeus, “Lei e Profetas” é expressão usada com o sentido de ESCRITURAS, não com o sentido de normas (Lei) e proclamadores de oráculos divinos (Profetas), algo contrário ao que o idioma português parece sugerir.

    Assim, em Mt 5,17, no relato da primeira pregação pública, ao modo judeu, Jesus assegura a seus ouvintes que ele não veio para anular a Lei ou os Profetas, mas sim, levá-los à plenitude.

    O verbo grego “pleroo” significa, como bem o senhor lembrou, “completar”, “encher” e também REALIZAR.

    Aliás, o Mt 5,18 apoia e esclarece em que sentido a “Lei e os Profetas” se cumprem em Jesus (“…até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja CUMPRIDO”).

    Note que, no texto grego, a expressão que algumas traduções apresentam como “seja cumprido”, é ??????? (genetai), do verbo ginomai, que significa ACONTECER (diversas bíblias assim traduzem o termo, conforme o grego). De modo que, o “cumprir” só é devidamente entendido como algo que se cumpre porque acontece. Portanto, o termo não se refere a cumprir no sentido português de “observar”.

    Na verdade, em Mt 5,17 Jesus declara que ele é o cumprimento da Lei e dos Profetas (Escrituras), pois é o prometido neles. E em Mt 5,18 ele indica qual será a prova: nada do que a seu respeito está escrito (na Lei e nos Profetas) deixará de acontecer (e eles verão).

    No quarto evangelho, Natanael, ao modo judeu, utiliza a mesma expressão “Lei e Profetas” para expressar sua fé de que Jesus é cumprimento das Escrituras: “…encontramos aquele de quem Moisés escreveu na LEI, e os PROFETAS: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1,45).

    A prova de que Jesus veio para cumprir as Escrituras (Lei = livros atribuídos a Moisés e o Profetas), é o próprio Jesus ressurreto quem dá a seus discípulos confusos: “E, começando por MOISÉS, e por todos os PROFETAS, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lc 24,27).

    Note que a expressão “Moisés” equivale à sua obra (a Torah, que se traduz por “Lei”. Assim, passando pela Lei e pelos Profetas, Jesus prova a seus discípulos que tudo aconteceu com ele conforme está escrito neles. Logo, ele é o Messias que cumpriu as Escrituras (Lei e Profetas, conforme o uso da expressão à época).

    Por fim, não podemos perder de vista que o evangelho segundo Mateus teve como primeiros destinatários judeus conhecedores do Tanach (Lei, Profetas e Escritos). E para esses, demonstrar pelas Escrituras que Jesus é o Messias esperado era fundamental. Por isso mesmo, Mateus, a cada relato relevante, repete a formula: “isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito…”. Assim, provar que Jesus cumpriu a Lei e os Profetas, significa mostrar que ele é aquele de quem se falou na Lei e nos Profetas. E para provar, compara a vida de Jesus ao que constava das Escrituras a respeito do Messias.

    Por isso, afirmei que Mt 5,17 não se refere ao Decálogo. Pois quando Jesus fala de Lei e Profetas, fala conforme o sentido que era dado ao termo em seu tempo.

    No mais, “Lei” é um termo muito genérico, que indica não só a Primeira seção da Bíblia Hebraica, como qualquer parte dela (Torah, Nabîm ou Kertubîm). Ex: “Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua LEI: ‘Odiaram-me sem motivo” (Jo 15,25, ali Jesus cita passagens de Salmos (Sl 69,4; 38,19), mas as chama de “lei” que estão sendo cumpridas nele. Porque a Escritura como um todo é uma Torah (“Instrução”, termo mal traduzido como “Lei”). Por isso é que esse termo gera tanta confusão no uso que se faz dele em português.
    Essas são algumas das razões por que não pactuo com o uso de Mt 5,17-19 como texto que fundamenta a observância do sábado. Pois esse texto, a meu ver, nem rejeita, nem acolhe a observância do sábado, já que o sentido de “Lei” ali empregado é o de ESCRITURAS que se cumprem em Jesus, não de ordens para se observar ou deixar de observar alguma norma (ainda Jesus que passe a citar alguns mandamentos da Torah, colocando-se como o Mestre que explica a Escritura no sentido mais profundo. E por que faz isso? – Porque ele é o prometido na Lei e nos Profetas).
    Destaco que meu foco não é discutir o credo adventista em si, mas o texto bíblico.
    Aguardando retorno. Abraços.

    1. Olá, caro Damião:

      Perdoe-me pela demora. Estou colocando a vida em dia depois da conclusão de meu trabalho de Mestrado (estou fazendo as correções para apresentar logo), de modo que poderei atender melhor a irmãos sinceros como você.

      Agradeço por sua confiança em meu trabalho.

      A moderação dos comentários existe porque a plataforma que uso – WordPress – está configurada assim. É uma forma de me avisar que tenho de responder à pessoa. Se seu comentário entrasse direto, seria mais difícil eu ver que preciso lhe atender. Só por isso seu comentário não apareceu no exato momento.

      Gostei demais de sua compreensão de Mateus 5:17. Concordo em “número, gênero e grau” de que o termo “Lei” é genérico (especialmente nos escritos de Paulo) e que, em Mateus 5:17, se refere aos cinco primeiros livros da Moisés.

      Assim como o irmão, compreendo que toda a Lei (Torá) e profetas encontram sua amplitude e essência no Messias. Todo o AT aponta para o Messias.

      Mesmo que o texto não tenha o propósito de falar diretamente da eternidade do mandamento do sábado (até porque isso era algo muito claro na mente do judeu. Ela não cogitava a mudança do dia de guarda porque o texto bíblico nunca deu a entender isso), vejo que no fato de toda a Lei encontrar sua amplitude na vida de Cristo, isso indica que tais escritos – incluindo o aspecto moral, mais especificamente tratado no contexto (capts 5-7) – não foram abolidos. Além de a Torá apontar para o Messias (ver o que Paulo disse em Romanos 10:4), Jesus também ampliou o significado que eles tinham de certos mandamentos contidos na Lei de Moisés, como podemos ver ao longo do Sermão da Montanha.

      Também não considero correta a postura de atribuir o termo “Lei” nesse texto apenas ao Decálogo. É muito mais amplo. Você congrega em alguma igreja?

      Portanto, a princípio não vejo a sua e a minha compreensão como contraditórias. O que ocorre é que ambos destacamos apenas um aspecto do texto.

      Continuemos nosso bom papo que, com certeza, trará mais conhecimento espiritual para ambas as partes.

      Um abraço e que Deus o abençoe e guarde.

  6. Olá Professor.
    Sinto-me horado por sua atenção, pois apesar de divergir nalguns pontos, o acompanho com frequência. Julgo admirável sua habilidade em lidar com os textos bíblicos e a forma como senhor fundamenta o credo de sua confissão.
    Sobre Mt 5,17-19, de fato, o termo “Lei”, se lido isoladamente, refere-se primeiramente à Torah (já que o termo “NOMOS” empregado em Mt 5,17, reflete o uso judeu dessa expressão, que não é referência a um conjunto de normas de valor meramente jurídico, mas sim, a um conjunto de livros atribuídos a Moisés, que costumamos chamar de “Pentateuco”, e que fundamenta a fé veterotestamentária, como a seção mais prestigiada entre os judeus).
    Observe, Professor, que Mt 5,17 faz uso da mesma expressão usada em Mt 11,13 (“…os PROFETAS e a LEI profetizaram até João”). Neste, o contexto demonstra que a expressão “Lei e os Profetas”, usada frequentemente pelos judeus para se referirem a “Escrituras”, indica que a espera pelos tempo messiânico durou até os dias de João, pois após João, vê-se o cumprimento da promessa constante da Lei (Torah) e dos Profetas (Nabîm), pois Jesus era o esperado (que veio). Isto é, para os judeus, “Lei e Profetas” é expressão usada com o sentido de ESCRITURAS, não com o sentido de normas (Lei) e proclamadores de oráculos divinos (Profetas), algo contrário ao que o idioma português parece sugerir.
    Assim, em Mt 5,17, no relato da primeira pregação pública, ao modo judeu, Jesus assegura a seus ouvintes que ele não veio para anular a Lei ou os Profetas), mas sim, levá-los à plenitude.
    O verbo grego “pleroo” significa, como bem o senhor lembrou, “completar”, “encher” e também REALIZAR.
    Aliás, o Mt 5,18 apoia e esclarece em que sentido a “Lei e os Profetas” se cumprem em Jesus (“…até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja CUMPRIDO”).
    Note que, no texto grego, a expressão que algumas traduções apresentam como “seja cumprido”, é ??????? (genetai), do verbo ginoimai, que significa ACONTECER (diversas bíblias assim traduzem o termo, conforme o grego). De modo que, o “cumprir” só é devidamente entendido como algo que se cumpre porque acontece. Portanto, o termo não se refere a cumprir no sentido português de “observar”.
    Na verdade, em Mt 5,17 Jesus declara que ele é o cumprimento da Lei e dos Profetas (Escrituras), pois é o prometido neles. E em Mt 5,18 ele indica qual será a prova: nada do que a seu respeito está escrito (na Lei e nos Profetas) deixará de acontecer (e eles verão).
    No quarto evangelho, Natanael, ao modo judeu, utiliza a mesma expressão “Lei e Profetas” para expressar sua fé de que Jesus é cumprimento das Escrituras: “…encontramos aquele de quem Moisés escreveu na LEI, e os PROFETAS: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1,45).
    A prova de que Jesus veio para cumprir as Escrituras (Lei = livros atribuídos a Moisés e o Profetas), é o próprio Jesus ressurreto quem dá a seus discípulos confusos: “E, começando por MOISÉS, e por todos os PROFETAS, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lc 24,27).
    Note que a expressão “Moisés” equivale à sua obra (a Torah, que se traduz por “Lei”. Assim, passando pela Lei e pelos Profetas, Jesus prova a seus discípulos que tudo aconteceu com ele conforme está escrito neles. Logo, ele é o Messias que cumpriu as Escrituras (Lei e Profetas, conforme o uso da expressão à época).
    Por fim, não podemos perder de vista que o evangelho segundo Mateus teve como primeiros destinatários judeus conhecedores do Tanach (Lei, Profetas e Escritos). E para esses, demonstrar pelas Escrituras que Jesus é o Messias esperado era fundamental. Por isso mesmo, Mateus, a cada relato relevante, repete a formula: “isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito…”. Assim, provar que Jesus cumpriu a Lei e os Profetas, significa mostrar que ele é aquele de quem se falou na Lei e nos Profetas. E para provar, compara a vida de Jesus ao que constava nas Escrituras.
    Por isso, afirmei que Mt 5,17 não se refere ao Decálogo. Pois quando Jesus fala de Lei e Profetas, fala conforme o sentido que era dado ao termo em seu tempo.
    No mais, “Lei” é um termo muito genérico, que indica não só a Primeira Seção da Bíblia Hebraica, como qualquer parte dela (Torah, Nabîm ou Kertubîm). Ex: “Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua LEI: ‘Odiaram-me sem motivo” (Jo 15,25, ali Jesus cita passagens de Salmos (Sl 69,4; 38,19), mas as chama de “lei” que estão sendo cumpridas nele. Porque a Escritura como um todo é uma Torah (“Instrução”, termo mal traduzido como “Lei”). Por isso é que esse termo gera tanta confusão no uso que se faz dele em português.
    Essas são algumas das razões por que não pactuo com o uso de Mt 5,17-19 como texto que fundamenta a observância do sábado. Pois esse texto, a meu ver, nem rejeita, nem acolhe a observância do sábado, já que o sentido de “Lei” ali empregado é o de Escrituras que se cumprem em Jesus, não de ordens para se observar ou deixar de observar alguma norma (ainda que passe a citar alguns mandamentos da Torah, colocando-se como o Mestre que explica a Escritura no sentido mais profundo. E por que faz isso, porque ele é o prometido na Lei e nos Profetas).
    Destaco que meu foco não é discutir o credo adventista em si, mas o texto bíblico.
    Aguardando retorno. Abraços.

  7. Observo certa flexibilização quanto ao uso da expressão “sábados” em Cl 2,16, no sentido de que, alguns adventistas já reconhecem que aquele texto se refere mesmo aos sábados semanais, abandonando a alegação nada razoável de que esse se refere a sábados cerimoniais. Mas ainda é comum ler textos ou ouvir comentários adventistas tentado negar que o termo ali presente se refere aos sábados semanais (ao contrário do que já reconheceu Samuele Bacchiocch, o que muitos adventistas, porém, ainda ignoram). Entretanto, ainda há que se questionar o uso que o adventismo faz de Mt 5,17-19, esforçando-se por associar aquele texto a uma suposta base para doutrina adventista relativa à observância do sábado como norma neotestamentária, ao sugerir que esse texto tem como propósito ratificar observância do sábado. Algo que, objetivamente falando, não é o real assunto da declaração, nem mesmo esse texto refere especificamente ao decálogo.

    1. Estimado Damião: realmente, já há uma flexibilização entre estudiosos adventistas a respeito de Colossenses 2:16. Paulo poderia estar condenando a observância inclusive do sábado semanal no contexto sincretista e pagão da adoração em Colossos, que envolvia a adoração até mesmo de anjos.

      Quanto à Mateus 5:17-19, mesmo que o termo “Lei” se refira diretamente aos Cinco Livros de Moisés, os mandamentos ampliados por Jesus em Mateus 5 a 7 (em todo o sermão do monte) nos mostram que a ênfase do Salvador está na parte Moral da Lei de Moisés. Leia os capítulos 5-7 cuidadosamente e verá isso.

      Vejo um fortíssimo apoio à vigência do Decálogo no termo grego para “cumprir”, no verso 17. “Pleroo” significa “completar”, “encher”, “dar um real sentido”. Cristo fez exatamente isso com a Lei de Moisés, que havia perdido o sentido espiritual de conduzir ao Messias, o único que pode salvar. Esse termo grego não admite qualquer possibilidade para a interpretação dispensacionalista referente à Lei.

      Se entendermos o devido papel da Lei – apontar o pecado (Rm 3:20) para irmos desesperadamente ao Salvador (Gl 3:24, 25), para que ao longo da vida o Espírito imprima os princípios divinos em nós como resultado da santificação (Hb 8:10), jamais como meio de justificação (Ef 2:8, 9), teremos compreendido devidamente a Palavra de Deus e o plano de salvação.

      Podemos tratar mais do assunto aquilo pelo blog. Estarei à sua disposição.

      Um abraço.

    2. Damião meu querido, procure analisar friamente tanto o sentido do texto contido no livro de Colossences 2:16, comparando-o com Levítico 23, mas antes ore a Deus peça sabedoria do Espírito Santo para lhe dar entendimento com certeza você terá uma outra visão, o Senhor limpará as nuvens negras mantidas pelo inimigo brecando o exercício da visão do seu povo para não entender as verdades das sagradas escrituras, faça uma investigação mais aprofundada das festas solenes do Senhor são elas: no versículo 3: fala do sábado, porém seus conselhos é encontrado nos versículos de 8 a 11 do capitulo 20 de Êxodo, no versículo 21 do capitulo 34 a explicação, para que durante os seis dias das festas se fizesse os trabalhos, mas no sábado tirasse para descanso segundo os mandamentos,voltemos ao livro de Levíticos enumeraremos tais solenidades: A Páscoa(pão asno), As Primícias, O Pentecostes, O dia da Espiação, A Festa do Tabernáculo, O ano de Descanso, O ano do Jubileu; ver o capitulo 23:38 compare com capitulo 25:2-4, assim como um ano de descanso da terra é chamado de sábado, também o dia que caísse, em qualquer dia também era chamado de sábado uma espécie de feriado, veja a data da Páscoa era festejado no dia 14 do mês de Abibe o primeiro mês do ano do calendário desde a saída do Egito pelo povo de Israel, outro exemplo vamos ver o dia da espiação aos 10 do mês sétimo todos chamado de grande sábado um tipo de feriado, assim como, as lua novas também incluídas nas solenidades mensal, Também incluídas nas solenidades agrícolas, se você perceber colossenses 2:16 as leituras tem sido mal feitas, Paulo estava falando com quem? portanto ele falou sobre comer e beber, comer e beber o que? os dias de festas está explicado acima e esta festa estavam inclusas lua nova o que até o dia de hoje esse período exerce influência na natureza, e os sábado era tipo um feriado móvel, nos dias de solenidade que existem até hoje mais com mudança dentro do calendário romano, por outro lado como conseguem afirmar ter este versículo ligação o 4º mandamento se nem mesmo o rodapé nas bíblias apresentam colossenses 16, então meu querido as suas ultimas palavras contestando o Pr Leandro Quadros não tem fundamento e se tais pessoas que se dizem Adventistas que concordam com tais argumentos sem fundamento espero que busquem sabedoria através da oração, para que possa ter entendimento da verdade que estar lhes faltando, o mais estranho que o capitulo 5:17-19 Jesus foi claro nos seus ensinamentos, e por que os contestadores encistem em colocar o Senhor de mentiroso e se lerem os versículos 19 Qualquer, pois que violar um deste menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus; 20 Porque vos digo que a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus de MODO NENHUM ENTRAREIS NO REINO DOS CÉUS. Deuteronômio 4:6 GUARDAI-OS, POIS, E FAZEIS PORQUE SERÁ A VOSSA SABEDORIA E VOSSO ENTENDIMENTO PERANTE OS OLHOS DOS POVOS QUE OUVIRÃO TODOS ESTES ESTATUTOS E DIRÃO: SÓ ESTE GRANDE POVO É GENTE SÁBIA E INTELIGENTE. Logo procure não colocar o Senhor como mentiroso, pois será envergonhado pois a mentira está ao inimigo ele é desobediente e desobediência é pecado e pecado é transgressão da lei de Deus. 1ª João 3:4,7.

  8. Ótimo artigo irmão Leandro Quadros!

    Irmão Matias, contra argumente, não fica apenas na reclamação!

    Exteriorize seu pensamento e não apenas uma afirmação evasiva!

    Abraços e fiquemos todos com Deus!

  9. Ola professor Leandro, a paz de Nosso Senhor esteja contigo irmão. Sou evangélico, de confissão pentecostal, embora tenhamos divergências de posicionamentos, sobretudo, em questões doutrinárias, admiro muito o senhor, e sempre que possível acompanho o Na Mira da Verdade; concordo com os adventistas, quanto a continuidade da Lei e do Sábado, só não gosto quando falam do dom de língua conforme os pentecostais entendem (risos), minha compreensão da Lei é mais judaico messiânica, movimento do qual eu me simpatizo; a interpretação que tenho de Cl 2.16, e também grande parte dos pentecostais, é exatamente está, que o versículo está citando as respectivas observâncias anuais, mensais e semanais; eu interpreto que nesta passagem Paulo não estava sendo contra a Lei e sim a favor da Lei, sabemos que muitos dos gentios convertidos estavam observando o sábado e as festas bíblicas, e poderiam então ser julgados por judeus, que observavam a lei de forma legalista, entendo que nesta passagem Paulo esteja dizendo que, o gentio não deve deixar ninguém julga-lo por observar o sábado e as festas bíblicos pelo fato de não ser um judeu natural. Um grande abraço irmão, me mande um abraço no Na Mira da Verdade tá? rs.

    1. Olá, Mateus! É uma honra receber o comentário de um irmão tão sincero e amigo como você. Obrigado pelas palavras amigas.

      Tenho admiração profunda por cristãos pentecostais como você, que amam a Jesus, exaltam a função do Espírito Santo e possuem uma visão mais bíblica da Lei de Deus. O antinomismo tem sido uma praga a destruir a moral do cristianismo, mas dou graças a Deus por haverem cristãos como você, bem como irmãos reformados que, mesmo não crendo na eternidade do quarto mandamento (Êx 20:8-11), pelo menos não ignoram o Decálogo por completo. Isso já é um grande passo para a compreensão mais ampla do tema.

      Claro que nossa salvação não depende do que fazemos (Ef 2:8, 9). Porém, o que fazemos evidencia quem somos: cristãos transformados pela graça (Ef 2:10; ver tb Mt 5:13-16).

      Sempre que quiser manter contato e trocar ideias, mesmo que divirjamos em certos pontos, por favor, não deixe de me escrever. O mais importante é termos esse espírito de amor cristão que nos motivará a aprendermos um com o outro e a crescermos juntos.

      Forte abraço!

    2. Olá, Mateus! É uma honra receber um comentário sincero e amigo como o seu.

      Obrigado por participar de meu novo blog. Sempre que quiser passar por aqui para trocarmos ideias, será bem-vindo! Esse espírito cristão com certeza contribuirá para que aprendamos um com o outro e cresçamos em nosso conhecimento de Cristo e de Suas verdades.

      Parabéns pela compreensão equilibrada que vem adquirindo a respeito da Lei de Deus! O Senhor continue a iluminá-lo, bem como a mim, em nossa compreensão do tema.

      Forte abraço!

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Sobre o Autor
Prof. Leandro Quadros

Com mais de 20 anos de ensino sobre a Bíblia em igrejas, congressos e programas de TV e rádio, desenvolvi diversos conteúdos – e-books, audiolivros e cursos; para compartilhar os meus aprendizados e tornar acessíveis temas teológicos complexos.

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