Sermão em ação
“Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Habacuque 2:2 e 3).
Jeremias foi contemporâneo de Habacuque. O Senhor revelou a esses profetas que sua nação, Judá, cairia sob o tacão dos babilônios. Para Jeremias, Ele revelou ainda que os judeus deveriam submeter-se pacificamente ao conquistador e ir para o cativeiro, mas prometeu também que após 70 anos eles retornariam para sua pátria. Essa mensagem foi muito impopular e a maioria do povo de professo povo de Deus não creu nela, para sua própria tristeza.
Hananeel, primo de Jeremias, que aparentemente era um dos céticos, entendeu que os babilônios iriam invadir sua fazenda em breve. Colocou-a à venda para Jeremias a um preço muito baixo.
Ora, a última coisa que Jeremias precisava era de uma fazenda. Em primeiro lugar, ele era profeta e não fazendeiro; em segundo, não possuía filhos que pudessem herdá-la; em terceiro, estava com idade tão avançada que não via perspectivas de tomar conta dela 70 anos mais tarde. Apesar de tudo isso, ele comprou a fazenda, e não pelo preço de pânico que Hananeel estava pedindo. Pagou o preço justo que a fazenda valia! (Veja Jeremias 32:6-15). E foi a ponto de fazer a transação em público. Por quê? Porque ele cria na promessa de Deus. Aquilo era um sermão em ação.
Há quase dois mil anos, o Senhor declarou: “Certa mente venho sem demora” (Ap 22:20). Bem, dois mil anos parecem um longo tempo e muitos entre o povo de Deus hoje dizem por suas ações, quando não por suas palavras: “Prolonga-se o tempo e não se cumpre a profecia”.
Como devemos relacionar-nos com essa aparente demora? Diremos nós por ações ou palavras: “Meu Senhor demora-Se?” (Mt 24:48). Ou, como Jeremias, mostraremos a nossa crença em que o regresso do Senhor “está próximo, às portas”? (Mt 24:33). Afinal de contas, aos olhos do Deus eterno, mil a nos são apenas “como a vigília da noite”! (Sl 90:4).
Texto: Donald Ernest Mansell
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