Leandro Quadros

Neemias: 4 Lições Para o Governo Brasileiro

Lendo o livro bíblico de Neemias, o Congresso Nacional pode aprender a econimizar.

Leia até o final antes de tirar conclusões precipitadas

O livro bíblico de Neemias possui conselhos atemporais para qualquer forma de governo que, de maneira republicana e não ditatorial, deseja governar para o país e não para si.

Alguns deles dizem respeito ao gasto do dinheiro público, especialmente em momentos de crise financeira.

Inicialmente, quando Neemias passou a ser governador na terra de Judá durante o reinado de Artaxerxes (Nee 4:14), ele foi sensível para com a condição do povo. Isso fez com que ele adotasse um procedimento diferente na maneira de administrar os recursos públicos:

“Entretanto, os governadores anteriores, aqueles que me precederam, haviam colocado uma carga pesada de tributos e impostos sobre a população(Nee 4:15a).

 

Desse modo, devido à alta carga tributária e à pobreza do povo, como governador Neemias adotou algumas medidas que deveriam ser adotadas por todo governante amoroso e realmente preocupado com seu povo.

#1- Neemias decidiu não agir como outros governadores do seu tempo, que se aproveitaram do povo

“Até os seus servos passaram a oprimir e espoliar o povo. Contudo, por amor e honra a Deus não agi desta maneira para com a população(Nee 4:15b)

 

Antes de tudo, para conseguir fazer isso um governante precisa ter como motivação o amor a Deus e Sua honra. Deve pensar mais no bem-estar da população do que nos interesses egoístas de outros políticos.

#2- Neemias colocou a mão na massa, e não foi um espectador passivo

“Ao contrário, dediquei-me pessoalmente a obra de reerguer esta muralha…” (Nee 4:16)

 

Certamente, há momentos em que o líder assume a dianteira e trabalha mais, para dar o exemplo aos seus liderados. Isso porque liderança eficaz tem como base o exemplo do líder.

#3- Neemias custeou certas despesas do seu próprio bolso, e não tirava mais dinheiro ainda do tesouro público

“O que se preparava para cada dia era um boi e seis ovelhas escolhidas; também à minha custa eram servidas aves… nem por isso tomei do povo o dinheiro para a alimentação que a posição de governador me garantia, pois observava quão demasiadas eram as exigências que pesavam diariamente sobre o meu povo(Nee 4:18).

 

Definitivamente, em momentos de crise o bom líder não faz uso de certos direitos e privilégios financeiros por amor ao povo. Consequentemente, assume certos gastos para si, com o objetivo de dar exemplo e fazer sua pequena parte na recuperação da saúde financeira do seu país.

#4- Neemias orava pedindo a bênção de Deus sobre si e sobre seu governo

“E orava: ‘Lembra-te de mim para o meu bem, ó meu Deus, e leva em conta tudo quanto tenho realizado em benefício deste povo!’” (Nee 4:19).

 

Isso significa que, apesar de o Estado ser laico (algo muito importante), isso não é uma permissão para ser ateu, no sentido de ignorar Deus e Suas leis.

Afinal, Deuteronômio 28 ensina que há leis morais, naturais e espirituais universais, cuja obediência ou transgressão trarão algum tipo de resultado. Desse modo, laicidade não isenta ninguém da obediência ao Criador e Supremo Legislador e Juiz:

“Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá” (Gl 6:7)

“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para a sua herança” (Sl 33:12)

 

Conclusão

Sem dúvidas, se todos os líderes governamentais brasileiros, independente do partido a qual estejam filiados, agirem como Neemias, nossa nação voltará a prosperar

Certamente, todos poderiam se conscientizar de que, enquanto boa parte da população estiver na pobreza, se deveriam evitar gastos desnecessários – tanto com viagens extravagantes quanto o auxílio para compra de ternos, por exemplo, que poderiam ser custeados com o próprio salário.

Para finalizar, é regra básica de administração financeira que se deve cortar gastos em tempos de escassez. Mesmo que vários deles sejam lícitos. Obviamente, isso será pelo bem da maioria. No entando, depois de recuperada a economia, os parlamentares poderiam voltar a usar o auxílio terno ou paletó, por exemplo, desde que valores exorbitantes sejam proibidos

O que você acha? Essas orientações bíblicas fazem sentido para você? Se sim, curta e compartilhe.

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2 respostas

  1. Observações interessantes, Pastor.
    Infelizmente, vivemos um momento em que tais orientações são tidas como “fundamentalistas”. São totalmente ignoradas e desprezadas.
    Mas precisamos continuar em oração pelo nossos governantes e representantes no parlamento, para que, se não acabar os gastos, pelo menos diminua.
    Que Deus o Abençoe, Pastor! E continue trazendo boas reflexões para nós!

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Sobre o Autor
Prof. Leandro Quadros

Com mais de 20 anos de ensino sobre a Bíblia em igrejas, congressos e programas de TV e rádio, desenvolvi diversos conteúdos – e-books, audiolivros e cursos; para compartilhar os meus aprendizados e tornar acessíveis temas teológicos complexos.

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