Introdução
Recentemente, um crime hediondo chocou a cidade de Blumenau, em Santa Catarina, no qual um homem de 25 anos invadiu uma creche e ceifou a vida de quatro crianças inocentes com uma machadinha. Neste post, vamos refletir sobre a questão da pena capital e a justiça divina, considerando os ensinamentos da Bíblia e a visão cristã acerca do perdão e da responsabilidade.
A Bíblia e a Pena Capital
Como estudioso da Bíblia e teólogo, dediquei anos de minha vida pesquisando, analisando e interpretando as Escrituras Sagradas. Dentre os temas recorrentes, a pena capital é um dos assuntos que despertam debates e diferentes opiniões.
Em Gênesis 9:5-6, vemos que Deus estabelece a pena capital como um princípio divino universal para a preservação da vida, já que cada ser humano foi criado à Sua imagem e semelhança (Gn 1:26-27). Neste sentido, a pena capital é uma forma de valorizar a vida e punir aqueles que a desrespeitam.
A justiça divina e o perdão
Com base em minha experiência como teólogo e conselheiro espiritual, presenciei inúmeros casos de pessoas que buscaram o perdão divino por seus pecados e crimes. A Bíblia é clara ao afirmar que Deus perdoa até mesmo os piores criminosos (Is 1:18; 1Jo 1:9). Entretanto, o perdão divino não isenta o criminoso de suas responsabilidades e consequências de seus atos (Lc 23:42-43; Gl 6:7).
A visão cristã sobre a pena capital
Como alguém que ama a Bíblia, posso afirmar que, segundo a visão cristã, a pena capital tem fundamentação nas Escrituras. Jesus não retirou o criminoso da cruz, mesmo o perdoando (Lc 23:42-43), e o apóstolo Paulo afirmou que o Estado possui a autorização divina para punir os criminosos de forma proporcional (Rm 13:4).
Refletindo sobre os eventos de Blumenau
Diante do trágico episódio em Blumenau, é importante refletir sobre a pena capital e a justiça divina à luz da Bíblia e dos ensinamentos cristãos. O objetivo deste post não é incitar ódio, mas sim promover uma reflexão sobre a importância da justiça e do amor divino, que caminham lado a lado (Dt 32:4; Sl 85:10; 89:14; 116:5; 145:8-9).
Conclusão
Que possamos compreender a importância da justiça divina e do perdão, sempre buscando o equilíbrio entre amor e responsabilidade. Que o Criador conforte as famílias das vítimas de Blumenau (Sl 34:18; Fp 4:7), e nos ajude a refletir sobre os princípios que norteiam nossas vidas e a sociedade em que vivemos.
Uma resposta
“Hoje servimos ao mesmo Deus, mas a penalidade de morte foi abolida.” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2021], v. 5, p. 231). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Uma das finalidades da vinda de Cristo ao mundo foi abolir a pena de morte que havia na lei mosaica. A aplicação da pena de morte tira a possibilidade de arrependimento do condenado. Um cristão jamais pode apoiar a pena de morte, e deveria combatê-la onde ela existe.